A nova estratégia de apaziguamento adotada pelo presidente Jair Bolsonaro , que há mais de duas semanas têm optado por evitar embates públicos e declarações
Redação Publicado em 07/07/2020, às 00h00 - Atualizado às 10h04
A nova estratégia de apaziguamento adotada pelo presidente Jair Bolsonaro , que há mais de duas semanas têm optado por evitar embates públicos e declarações polêmicas, incluiu uma conversa com seu filho Carlos , vereador no Rio de Janeiro e um dos nomes mais influentes na comunicação do Palácio do Planalto. De acordo com a colunista Bela Megale, o presidente pediu para Carlos baixar o tom nas redes sociais, em especial em relação ao Judiciário. A conversa aconteceu há poucas semanas, segundo integrantes do governo.
O pedido de Bolsonaro foi feito num contexto em que o presidente busca um armistício com os tribunais após operações autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) atingirem aliados seus e a prisão Fabrício Queiroz, ex-assessor de seu filho Flávio Bolsonaro investigado no caso da “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Carlos, por sua vez, alertou o pai que a nova postura não tem agradado a militância virtual bolsonarista .
O aviso, informou o colunista Guilherme Amado, da revista Época, veio acompanhado do recado de que os afagos públicos por Bolsonaro aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), irritaram especialmente as redes bolsonaristas na internet. Maia e Alcolumbre são alvos recorrentes de ataques.
O vice-presidente Hamilton Mourão defendeu, ontem, a nova postura pacificadora do Planalto e a aproximação com partidos do centrão. Segundo Mourão, o governo atual começou com uma “visão idílica” que o deixou “aprisionado” durante o primeiro ano de gestão, ao tentar negociar a aprovação de projetos com bancadas temáticas no Congresso. Para o vice-presidente, Bolsonaro “mudou a sua rota” em 2020. Ele defendeu ainda que, “se não houver coalizão, o presidente não governa”.
“O governo começou com uma visão idílica, estou sendo bem sincero, de que por meio das bancadas temáticas nós teríamos um relacionamento eficiente com o Congresso”, afirmou em conversa promovida pelo banco Credit Suisse.
Mourão citou também as críticas de que o “toma lá, dá cá”, condenado por Bolsonaro, tenha voltado a Brasília. Segundo ele, a negociação política faz parte do presidencialismo. E que, em um Congresso tão fragmentado como o brasileiro, o diálogo com os partidos de centro será sempre necessário.
“Muito se fala da questão presidencialismo de coalizão, o presidencialismo ele só pode ser de coalizão. Pra mim presidencialismo de coalizão é pleonasmo. Se não houver coalizão o presidente não governa”, comentou.
iG
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