O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou nesta terça-feira que a força-tarefa da Operação Lava-Jato em Curitiba funciona como uma "caixa de
Redação Publicado em 29/07/2020, às 00h00 - Atualizado às 10h14
O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou nesta terça-feira que a força-tarefa da Operação Lava-Jato em Curitiba funciona como uma “caixa de segredos”. Aras disse que a força-tarefa tem 350 terabytes em informações, contra 40 terabytes de todo o Ministério Público Federal (MPF), e disse que sua gestão quer dar ” transparência ” a esses dados.
“Estamos falando da transparência que estamos a promover. Todo o Ministério Público Federal, em seu sistema único, tem 40 terabytes. Curitiba tem 350 terabytes e 38 mil pessoas lá com seus dados depositados. Ninguém sabe como foram escolhidos, quais os critérios, e não se pode imaginar que uma unidade institucional se faça com segredos , com caixas de segredos. Nenhuma instituição”, disse Aras, em uma transmissão promovida pelo grupo de advogados Prerrogativas.
No início do mês, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, atendeu a um pedido de Aras e determinou que as forças-tarefa da Lava-Jato no Paraná, no Rio de Janeiro e em São Paulo entreguem à PGR todas os dados já obtidos nas investigações.
De acordo com o procurador-geral, uma “unidade” no Ministério Público é “necessária” para evitar que as informações de investigações sejam utilizadas para “chantagem” ou ” bisbilhotice “:
“Mas que todo o Ministério Público possa, de forma fundamenta, de forma devidamente instruída, justifique para o que quer saber da vida alheia, para que isso não sirva de bisbilhotice, isso não sirva de chantagem, isso não sirva de distorção, isso não sirva de nenhum propósito antirepublicano. É por isso que nós temos que ter um Ministério Público dotado de unidade. E mais do que unidade, que essa unidade seja transparente, guardado o sigilo natural que certas investigações, certos processos exigem”.
Na transmissão, Aras afirmou que sua gestão investiga políticos, mas sem ” espetacularização “. Ele citou como exemplo o seu parecer contrário ao cumprimento de um mandado de busca e apreensão no gabinete da deputada federal Rejane Dias (PT-PI), realizada na segunda-feira.
“A novidade é que os colegas todos que nos escutam sabem que não houve espetacularização. Ainda ontem, uma deputada federal sofreu uma busca e apreensão no seu gabinete na Câmara em que se visavam alcançar documentos de mais de seis anos. Eu fui contra aquela busca e apreensão por falta de atualidade dos fatos. Dessa forma, nós temos imprimido uma atuação de absoluto respeito aos direitos e garantias fundamentais.”, declarou
iG
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