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PMs vão a júri acusados de executar dois homens com 30 tiros dentro de carro em SP

Eles deverão ser julgados nesta segunda (1º). Agentes da Polícia Militar alegam ter atirado em legítima defesa. Felipe Silva e Vinícius Procópio eram suspeitos de roubo e foram mortos em 2021

PMs vão a júri acusados de executar dois homens com 30 tiros dentro de carro em SP - Imagem: Reprodução | Redes Sociais
PMs vão a júri acusados de executar dois homens com 30 tiros dentro de carro em SP - Imagem: Reprodução | Redes Sociais

G1 Publicado em 01/08/2022, às 07h58


Dois policiais militares vão a júri popular nesta segunda-feira (1º) acusados de assassinar dois suspeitos de roubo dentro de um carro parado, em 9 de junho de 2021, na Zona Sul de São Paulo. O caso teve repercussão à época porque uma testemunha filmou a execução, no cruzamento das ruas Doutor Rubens Gomes Bueno e Castro Verde, em Santo Amaro, e postou o vídeo nas redes sociais (veja acima). O julgamento está marcado para começar às 9h no Fórum Criminal da Barra Funda, Zona Oeste da capital.

O sargento André Chaves da Silva e o soldado Danilton Silveira da Silva são acusados de atirar aproximadamente 30 vezes em Felipe Barbosa da Silva, de 23 anos, e em Vinicius Alves Procópio, de 19. Os dois agentes da Polícia Militar (PM) estão presos preventivamente no presídio da corporação, o Romão Gomes, na Zona Norte da cidade.

Os réus respondem pelo crime de duplo homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa das vítimas.

O g1 não conseguiu localizar a defesa de Danilton para comentar o assunto até a última atualização desta reportagem. Durante o processo, os agentes da PMse defenderam da acusação de assassinato, alegando que atiraram em legítima defesa porque os suspeitos estavam armados e atiraram neles, mas os disparos de Felipe e Vinicius não saíram.

"Nesse júri iremos buscar demonstrar aos jurados que a ocorrência foi legítima. Vamos trazer também elementos bombásticos que ainda não foram ventilados nesse processo. Espero que a verdadeira justiça seja feita com o retorno do Sargento André para sua família", disse nesta semana o advogado João Carlos Campanini, que defende André.

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