Após um ano dos chocantes assassinatos de Bruno Pereira e Dom Phillips, governo toma medidas enérgicas para garantir a segurança no Vale do Javari (AM)
Marina Roveda Publicado em 04/06/2023, às 13h27
No último dia 2, o Ministério dos Povos Indígenas anunciou a criação de um grupo de trabalho composto por dez ministérios com o objetivo de promover a segurança e combater a criminalidade no vale do Javari, localizado no Amazonas. Essa medida vem como resposta ao assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, cujos corpos foram encontrados no local no dia 5 de junho do ano passado.
A resolução com a medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), e o grupo de trabalho atuará em estreita parceria com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A intenção é propor medidas efetivas de combate à violência e garantir a segurança territorial dos povos indígenas que habitam a região. Associações de povos indígenas também serão envolvidas nas discussões, a fim de promover uma abordagem inclusiva e participativa.
No próximo dia 5, quando se completa um ano dos assassinatos de Dom Phillips e Bruno Pereira, as autoridades policiais continuam investigando o caso e já têm pelo menos oito suspeitos sob suspeita de envolvimento nos homicídios e ocultação dos corpos. Três suspeitos foram presos até o momento: os pescadores Amarildo da Costa Oliveira, Oseney da Costa de Oliveira e Jeferson da Silva Lima. Amarildo da Costa Oliveira confessou ter cometido os assassinatos e indicou o local onde os corpos foram enterrados.
Os dois profissionais desapareceram em 5 de junho do ano anterior, após terem sido vistos pela última vez na comunidade São Rafael, próxima à entrada da Terra Indígena Vale do Javari. Eles estavam realizando uma viagem pela região, entrevistando indígenas e ribeirinhos para a produção de reportagens e um livro sobre invasões de áreas indígenas.
A Terra Indígena Vale do Javari possui uma área de 8,5 milhões de hectares e está localizada no extremo oeste do Amazonas, na fronteira com o Peru. É lar de pelo menos 14 grupos isolados, representando a maior população indígena não contatada do mundo. A região tem acesso restrito, sendo possível chegar apenas de avião ou barco, pois não existem estradas ou ferrovias próximas.
Dom Phillips residia em Salvador, Bahia, e atuava como jornalista há 15 anos, trabalhando para veículos renomados como o New York Times, o Washington Post e o jornal britânico The Guardian. Bruno Pereira era servidor da Funai, mas estava licenciado desde que foi exonerado da chefia da Coordenação de Índios Isolados e de Recente Contato, em 2019. Ambos os profissionais desempenhavam um papel crucial na defesa dos direitos indígenas e na divulgação de questões relacionadas à preservação do meio ambiente e dos povos tradicionais.
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