O homem que confessou roubar e matar a jovem Kelly Cristina Cadamuro, de 22 anos, durante uma carona combinada por WhatsApp, foi agredido por outros presos em
Redação Publicado em 05/11/2017, às 00h00 - Atualizado às 09h10
O homem que confessou roubar e matar a jovem Kelly Cristina Cadamuro, de 22 anos, durante uma carona combinada por WhatsApp, foi agredido por outros presos em uma cela no Presídio de Frutal (MG). De acordo com a Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap), o fato ocorreu na noite desta sexta-feira (3).
Jonathan Pereira do Prado, de 33 anos, teve um corte no supercílio e precisou ser atendido por uma enfermeira da unidade prisional. Após agressões, ele foi transferido para cela isolada.
Ainda de acordo com a Seap, a direção-geral da unidade prisional instaurou um procedimento administrativo para apurar as circustâncias e responsabilidades pela agressão. Após a identificação dos agressores, eles passarão pela Comissão Disciplinar e sofrerão sanções administrativas. A Secretaria não soube informar quantos foram os presos que agrediram Jonathan.
A radiologista de 22 anos foi dada como desaparecida na última quarta-feira (1º) depois que saiu de São José do Rio Preto (SP) com destino a Itapagipe (MG) para encontrar com o namorado, que chegou a alertá-la por mensagem para que tivesse cuidado na viagem.
O corpo dela foi encontrado em um córrego entre Itapagipe e Frutal na última quinta-feira (2) sem a calça e com a cabeça mergulhada na água. Jhonatan foi preso no dia do crime em São José do Rio Preto e foi identificado como sendo o passageiro da carona.
A Polícia Civil de Minas Gerais ouviu neste sábado (4) o namorado da vítima, Marcos Antônio da Silva, e voltou a visitar o local onde o corpo da jovem foi encontrado. De acordo com o delegado chefe do 5º Departamento de Polícia Civil, Heli Andrade, foi solicitado que Jonhatan não fosse transferido de presídio para que seja realizada uma reconstituição do crime.
“Seguimos as investigações e hoje continuamos em deligências. Ouvi o namorado da moça que está com o estado emocional muito abalado. Soube da agressão contra o Jonathan e que ele estava bem enfaixado, mas vamos voltar a falar com ele só na próxima semana, quando pretendemos realizar uma reconstituição. Por isso é importante que ele permaneça aqui na nossa região”, esclareceu.
O rapaz confessou à Polícia em depoimento ter agredido a radiologista e explicou que a jovem ficou seminua porque a calça saiu das pernas enquanto ele a arrastava para o córrego. A calça foi encontrada pela polícia a 3 Km do corpo. A declaração de óbito obtida pelo G1 apontou que ela morreu em decorrência de asfixia e estrangulamento. Jonhatan foi preso com outros dois homens que também são investigados por participação no crime.
“Ele admitiu ter feito uso do WhatsApp para armar o crime. Após marcar a viagem, ele esperou chegar até um trecho sem movimento da rodovia para pedir que ela parasse o carro para ele urinar”, explicou. Ainda de acordo com a Polícia Civil, o homem relatou que, após a vítima estacionar o carro na estrada, ele começou a dar socos no rosto dela.
O suspeito estava foragido desde março de um presídio de São José do Rio Preto e responde por outros oito crimes.
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