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Chocante

Polícia prende homem que usou cartão de crédito de agente fuzilado no litoral de SP

A investigação segue sob sigilo, segundo delegado responsável pelo caso

Cartão de crédito pertencia ao chefe do setor da Polícia Civil Marcelo Gonçalves Cassola - Imagem: Reprodução/TV Tribuna
Cartão de crédito pertencia ao chefe do setor da Polícia Civil Marcelo Gonçalves Cassola - Imagem: Reprodução/TV Tribuna

Mateus Omena Publicado em 25/08/2022, às 10h54


A Polícia Civil prendeu nesta quinta-feira (24) um homem que utilizava dois cartões bancários do policial civil Marcelo Gonçalves Cassola, de 49 anos, que morreu fuzilado com pelo menos 30 tiros, na noite de segunda-feira (22), em Santos (SP).

O homicídio foi um dos sete que aconteceram na última semana na Baixada Santista, informou a polícia.

A prisão foi confirmada pelo delegado Thiago Nemi Bonametti, da 3º Delegacia de Investigações sobre Homicídios, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de Santos.

O homem preso em flagrante segue à disposição da Justiça e é investigado. No entanto, não há informações que comprovem uma ligação entre ele e a morte de Cassola. O suspeito teria utilizado os cartões do ex-chefe do setor de identificação da Polícia Civil no Centro de Santos, mas a cidade onde a prisão aconteceu não foi confirmada pelas autoridades.

Marcelo Cassola era diretor do Sindicato dos Policiais Civis da Baixada Santista e chefe do setor de identificação do Palácio da Polícia. O setor é responsável pelo registro de carteira de identidade e por emitir atestado de antecedentes criminais.

O corpo dele foi encontrado na segunda-feira (22), no bairro Caneleira, em Santos, por volta das 21h30. A polícia ainda investiga a quantidade exata de tiros que ele foi atingido, mas afirmou ter sido ao menos 30, sendo alguns de fuzil e outros de arma 9 mm.

Escalada de mortes na região

Apenas na última semana, cerca de 7 pessoas foram assassinadas na Baixada Santista e os casos são investigados pela polícia. Em entrevista coletiva na quarta-feira (24), o delegado Thiago Nemi Bonametti, afirmou que as investigações sobre os homicídios correm sob sigilo.

Segundo ele, ainda não é possível confirmar que as mortes tenham relações entre si, como de facções criminosas. À princípio, as investigações tratam os crimes como homicídio.

Por outro lado, existem algumas coincidências no perfil das vítimas. Dos sete assassinatos na última semana, dois foram contra funcionários relacionados à segurança pública. O corpo de um ex-agente penitenciário foi encontrado morto debaixo de uma ponte em Cubatão (SP) na sexta-feira (19). A vítima estava com as pernas e mãos amarradas e, de acordo com a Polícia Militar, foi atingida por diversos disparos de arma de fogo. O outro foi Marcelo Cassola, que atuava como chefe do setor de identificação da Polícia Civil.

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