Soares alega que vendeu o achocolatado por R$ 10 ao pai do menino que morreu. O inquérito, que está na Delegacia de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da capital, sob a responsabilidade do delegado Eduardo Botelho, deve ser concluído em até 15 dias.
O idoso deverá responder por homicídio qualificado e por tentativa de assassinato, enquanto Deuel por furto qualificado. Os dois foram levados para o Centro de Ressocialização de Cuiabá, antigo presídio do Carumbé. Deuel já tem condenação na Justiça por furto.
O laudo pericial que apontou que achocolatado foi envenenado foi divulgado na quinta-feira pela Secretaria de Segurança Pública. Exames feito na bebida e com material coletado do estômago do menino comprovaram a presença de um defensivo agrícola. Adônis teria usado uma seringa para colocar o veneno.
O menino morreu aproximadamente uma hora depois de ter tomado o achocolatado, na casa da família, no bairro Parque Cuiabá. A mãe, que foi quem deu a bebida ao garoto, também tomou um pouco e passou mal, mas não chegou a ser internada. Um amigo da família, que bebeu o achocolatado, passou mal e foi hospitalizado.
Anvisa
Depois da morte do menino, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária determinou o recolhimento e a proibição da venda do produto, da marca Itambé, em todo o território nacional. Mas, mesmo depois da confirmação de que a bebida foi envenenada, a Anvisa informou que a suspensão cautelar continua, e que a comercialização deve ficar proibida até que exames laboratoriais feitos pelo órgão comprovem que não há contaminação química.
A Vigilância Sanitária de Mato Grosso informo que a investigação sanitária prossegue e é conduzida em parceria com a Anvisa. O lote permanece interditado até publicação oficial da resolução de liberação do produto.
Itambé
A Itambé também se posicionou depois que ficou comprovado o envenenamento do produto da marca. Disse que lamenta o ocorrido, que se solidariza com a dor da família e que reforça o compromisso com os consumidores ao entregar produtos com qualidade.