O crime está sendo investigado pela Polícia Civil
Mateus Omena Publicado em 17/12/2022, às 15h25
Um homem foi indiciado recentemente por homicídio qualificado, após matar o próprio enteado, de apenas 2 anos, ao jogá-lo com força contra o colchão.
O crime ocorreu em 20 de novembro, em Rio Verde, em Goiás, segundo informações da TV Anhanguera, afiliada da Rede Globo.
De acordo com a Polícia Civil, a mãe do pequeno Deryck Luca Silva Braga também vai responder por tortura, pois ela tinha conhecimento das agressões ao menino há meses e não impediu o marido.
O delegado Adelson Candeo, responsável pelas investigações, explicou que o crime aconteceu após o padrasto, Fábio Mendes de Oliveira, tentar dormir, mas não conseguir porque o enteado estava chorando com medo dele.
Fábio estava casado com a mãe da criança, Letícia Silva da Conceição, há três meses.
Em 20 de novembro, Fábio pegou Deryck e o jogou com força contra o colchão, provocando graves lesões na criança. O agressor foi preso.
“Quando ele caiu, essa parte aqui [mostrando a coluna do menino] foi muito forte. Eu admito que foi forte, já na primeira vez. Quando ele se levantou, foi mais forte ainda. Eu me extrapolei. Ele bateu o pescoço e começou a ficar sem ar", contou o padrasto na época.
Deryck foi levado ao hospital, onde ficou internado, mas não resistiu aos ferimentos e morreu dois dias depois. No entanto, os investigadores apontam que as agressões ao menino aconteciam há mais tempo, com machucados antigos em diversas partes do corpo já cicatrizados.
“Não dá para imagina como tanta lesão cabia em um corpo tão pequeno”, declarou o delegado.
A polícia ouviu várias testemunhas, que informaram que a mãe de Deryck, Letícia Conceição, foi avisada muitas vezes sobre os abusos sofridos pelo filho, mas não tomou nenhuma atitude diante do caso.
“A babá contou que o menino via o Fábio e segurava nas pernas dela. No dia do crime, o Deryck acordou, não viu a mãe no quarto, apenas o padrasto, de quem tinha medo, e começou a chorar. Sem conseguir dormir, Fábio o jogou contra o colchão”, explicou o delegado.
Durante o interrogatório, a mãe disse à polícia que sabia das agressões sofridas pelo filho, mas alegou que não fez nenhuma denúncia ou tentou impedir por medo do companheiro. Ela segue em liberdade.
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