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Crime

Operação combate sonegação em cidades da região de Sorocaba e outras; golpe dá prejuízo de R$ 37 milhões

Os investigadores buscam provas das fraudes praticadas para sonegação fiscal

Os investigadores buscam provas das fraudes praticadas para sonegação fiscal - Imagem: divulgação
Os investigadores buscam provas das fraudes praticadas para sonegação fiscal - Imagem: divulgação

Jair Viana Publicado em 23/08/2022, às 12h15


A Receita Federal (RF) deflagrou na última quarta-feira (17), uma operação denominada “Resina Fina” para combater a sonegação fiscal em cidades da região sorocabana e no litoral.

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Segundo estimativas da Receita, o valor sonegado chega a R$ 37 milhões / Imagem: divulgação

Neste estão sendo cumpridos 17 mandados de busca de apreensão em residências, empresas e escritórios dos investigados. Segundo estimativas da Receita, o valor sonegado chega a R$ 37 milhões.

A operação se desenvolve nos municípios de Buri, Itapeva, Avaré, além do Guarujá (SP) e Mostardas (RS).

A força-tarefa conta com a Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo (Sefaz-SP), Ministério Público do Estado de São Paulo e do Rio Grande do Sul, Procuradoria Geral do Estado de São Paulo (PGE), Polícia Civil do Estado de São Paulo e Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul.

Toda a operação foi planejada para começar durante a madrugada da última quarta e os investigadores buscam provas das fraudes praticadas para sonegação fiscal.

Segundo foi apurado durante as investigações existem empresas de fachada, localizadas na região de Itapeva, responsáveis pela emissão de notas fiscais frias com mercadorias descritas como “goma de resina” para a geração de créditos fictícios de tributos. 

Os investigadores disseram que essas empresas teriam sido constituídas com “laranjas” em seu quadro societário.

As investigações apontam que apenas uma empresa teria emitido cerca de R$ 2 milhões em notas fiscais frias. As empresas de fachada têm sem seu quadro societário pessoas simples que recebem salários irrisórios.

Segundo a Receita e Secretaria da fazenda de São Paulo os valores sonegados batem na casa dos R$ 37 milhões. Só o Estado de São Paulo levou um prejuízo de R$ 22 milhões em tributos.

Contra a União, o golpe da quadrilha chega a R$15 milhões em impostos federais. 

RESINA FINA

O nome da operação está relacionado à venda de resina de pinus feita por produtores de São Paulo e Ruo Grande do Sul. Nessas vendas, segundo apurado, não eram emitidas notas fiscais. Sem a emissão das notas, o Fundo do Trabalhador Rural ficava sem a receita.  

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