Diogo Belentani era filho do atual comandante interino do Policiamento do Interior 10 (CPI-10), tenente-coronel Armando Belentani Filho. A vítima chegou a ser levada ao pronto-socorro da Santa Casa de Araçatuba, mas chegou ao local sem vida.
De acordo com o delegado Fábio Pistori, a reconstituição durou cerca de duas horas e foi baseada no depoimento de Vinícius Oliveira Coradim Alcântara, que é suspeito do crime, de duas testemunhas e de um bombeiro que prestou socorro à vítima.
Ainda segundo o delegado, a polícia pediu a prisão do suspeito, que foi autorizada pela Justiça. Agora ele responde por homicídio doloso. O advogado de defesa do policial militar contesta a versão da polícia e alega que o disparo foi acidental.
“A primeira versão do Vinícius na delegacia foi que houve um acidente durante a troca da arma. Agora as testemunhas reforçaram que não houve discussão, briga ou intenção de qualquer disparo desta arma e, sim, foi na troca da arma que aconteceu o tiro”, afirma o advogado Fabrício Antunes Correia.
A previsão para que o laudo da reconstituição fique pronto é de 30 dias. Depois, ele será incluído ao inquérito, que deve ser concluído até o final de setembro. O suspeito retornou ao presídio.
![Diogo Belentani foi atingido no peito e morreu antes de chegar ao pronto-socorro em Araçatuba (Foto: Reprodução/Facebook)](https://spdiario.com.br/media/uploads/legacy/6/9/490d29b0e8943e7152392dae2b21f767fbbea4bb.jpg)
Diogo Belentani foi atingido no peito e morreu antes de chegar ao pronto-socorro em Araçatuba (Foto: Reprodução/Facebook)
Entenda o caso
Os dois participavam de um churrasco em uma chácara de Araçatuba, no dia 15 de julho, quando a pistola do policial disparou e atingiu o peito do estudante, que morreu a caminho do hospital.
No dia do crime o policial – que atuava na região de Botucatu – foi preso, mas, liberado depois de pagar fiança de R$ 1,5 mil.
De acordo com informações da polícia, o disparo tinha sido acidental e o policial respondia ao crime de homicídio culposo, sem intenção de matar.
A polícia, no entanto, descobriu que as testemunhas mentiram nos primeiros depoimentos e revelaram que era o policial quem segurava a arma no momento do disparo e não a vítima.
A polícia também apurou que houve mudança na cena do crime. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP) lamentou a morte do jovem.
O corpo de Diogo Belentani foi cremado no final da tarde do dia 16 de julho, em cerimônia restrita aos familiares.
![Polícia fez reconstituição de crime que matou estudante em Araçatuba (Foto: Reprodução/TV TEM)](https://spdiario.com.br/media/uploads/legacy/4/d/46ba1dacf187f315b1cef5efc18b2ed0d664af2f.jpg)
Polícia fez reconstituição de crime que matou estudante em Araçatuba (Foto: Reprodução/TV TEM)