Tarcísio de Freitas se manifestou contrário à criação do Conselho Federativo durante reunião
Marina Roveda Publicado em 02/07/2023, às 13h33
Neste domingo (2), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas(Republicanos), convocou uma reunião com deputados federais paulistas com o objetivo de discutir e buscar benefícios para o estado diante das propostas da reforma tributária em debate. O encontro, que acontecerá na sede do governo paulista, contará com a presença de parlamentares de diferentes partidos, já que o convite foi estendido a toda a bancada paulista na Câmara dos Deputados, composta por 70 representantes, sendo a maior bancada da Casa.
A principal preocupação do governador está relacionada aos aspectos referentes ao Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). Tarcísionão se opõe ao princípio de cobrança do imposto unificado, que permitirá o pagamento único e o desconto nas etapas subsequentes da produção. No entanto, ele se posiciona contrário à criação do Conselho Federativo para administrar a receita única, argumentando que isso representaria uma "retirada de autonomia" dos estados.
Durante a reunião, Tarcísio pretende apresentar as contribuições de São Paulo e lutar para que essas sugestões sejam acatadas. Ele enfatiza que os estados não podem concordar com medidas que prejudiquem sua autonomia.
Na última sexta-feira (30), em outra reunião no Palácio dos Bandeirantes, o governador solicitou aos parlamentares paulistas que adiassem a votação da reforma tributária na Câmara dos Deputados. A intenção é ganhar tempo para discutir alterações no texto e, assim, postergar a análise do tema para o segundo semestre deste ano.
Além dos deputados, estiveram presentes no encontro o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes(MDB), o líder da bancada paulista na Câmara, deputado Antônio Carlos Rodrigues (PL-SP), e representantes do setor de Serviços.
Durante a reunião, o governador expôs sua preocupação em relação à reforma tributária, afirmando que apoiar a proposta seria "votar contra o Brasil e contra São Paulo". A bancada do Partido Liberal (PL) na Câmara deve orientar os parlamentares contra o texto. Além disso, Gilberto Kassab, presidente nacional do Partido Social Democrático (PSD) e secretário de Governo de São Paulo, indicou que também se posicionará contra a reforma. O PSD é um partido aliado do governo do presidente Lula no Congresso Nacional.
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