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ELEIÇÕES

Esquerda tem poucas vitórias nas eleições municipais de São Paulo

Apenas três prefeitos de partidos de esquerda conseguiram vencer na região metropolitana

Prefeitos do PL, PSDB e Podemos dominam o cenário na Grande São Paulo - Imagem: Reprodução / Paulo Pinto / Agência Brasil
Prefeitos do PL, PSDB e Podemos dominam o cenário na Grande São Paulo - Imagem: Reprodução / Paulo Pinto / Agência Brasil

Sabrina Oliveira Publicado em 28/10/2024, às 10h14


As eleições municipais deste ano trouxeram uma nova configuração política para a região metropolitana de São Paulo. Em um cenário antes dominado pelo PT e outros partidos de esquerda, apenas três prefeituras serão comandadas por legendas progressistas. O enfraquecimento ficou evidente com a derrota de nomes tradicionais e a ascensão de partidos de centro e direita, como PL, MDB e Podemos.

Marcelo Oliveira, do PT, conseguiu garantir sua reeleição em Mauá, uma das poucas vitórias para a esquerda. Com apoio explícito do presidente Lula durante o segundo turno, Oliveira manteve a confiança dos eleitores locais. Em contrapartida, José de Filippi Júnior, candidato petista em Diadema, foi derrotado por Taka Yamauchi, do MDB, frustrando as expectativas de retomada em um dos redutos históricos do PT.

O PL despontou como a principal força política na região, conquistando nove das 39 cidades. Guarulhos, a segunda maior cidade do estado, escolheu Lucas Sanches, do PL, em uma vitória significativa sobre Elói Pietá, do Solidariedade. Pietá já havia governado a cidade pelo PT por oito anos, em um ciclo que parecia consolidado, mas que foi interrompido de forma abrupta nas urnas.

O cenário é ainda mais simbólico no ABC Paulista, berço do movimento sindical que deu origem ao PT. Santo André será governada pelo PSDB, São Bernardo do Campo pelo Podemos, e São Caetano do Sul pelo PL. Isso marca uma ruptura com a tradição de esquerda na região, que agora vê sua influência reduzida a poucas prefeituras. Além de Mauá, apenas Cotia, com Welington Formiga, do PDT, e Rio Grande da Serra, com Akira Auriani, do PSB, serão administradas por partidos mais alinhados à esquerda.

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