Chuvas abaixo da média ameaçam abastecimento de água na Grande São Paulo

A Região Metropolitana de São Paulo enfrenta um cenário de alerta em relação ao abastecimento de água. Os principais reservatórios que compõem o sistema de fornecimento de água da capital e municípios vizinhos operam com menos da metade de sua capacidade total. De acordo com dados da Sabesp, o índice registrado na última quinta-feira (26) foi de 49,9%, inferior ao observado no mesmo período de 2013, que precedeu a crise hídrica mais severa da última década.

A seca prolongada e a falta de chuvas abundantes na região, aliadas ao fenômeno climático El Niño, têm impactado negativamente o volume de água armazenado. O Sistema Cantareira, um dos principais mananciais, está na faixa de "atenção", com apenas 42% da chuva esperada para o período de abril a agosto sendo registrada.

Especialistas do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) alertam que, caso o cenário de baixa precipitação persista, o reservatório poderá chegar a março de 2025 com apenas 29% de sua capacidade, entrando na faixa de "restrição".

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Para Ana Paula Fracalanza, professora do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (USP), a situação é preocupante. "Estamos enfrentando uma seca severa que não deve se resolver tão cedo. O consumo consciente é essencial, pois o risco de desabastecimento para as regiões mais vulneráveis é real", alerta.