Diário de São Paulo
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REAL MADRID

Por que Pelé rejeitou os mais cobiçados times europeus?

O clube Real Madrid carrega, dentre tantas vitórias, o fardo de não ter convencido Pelé a atuar na Europa

Pelé. - Imagem: Divulgação / Santos FC
Pelé. - Imagem: Divulgação / Santos FC

Marina Roveda Publicado em 02/01/2023, às 06h43


Um dos times mais cobiçados da história do futebol, o Real Madrid carrega junto com um forte e vitorioso legado, o fardo de não ter conseguido convencer Pelé a atuar no time europeu.

No cenário da época, o clube europeu contava com alguns jogadores que eram o destaque do meio do século, como por exemplo o argentino Alfredo di Stéfano, com o húngaro Ferenc Puskás, com o espanhol Paco Gento e, durante um curto período, com o meia brasileiro Didi.

Todavia, não tinha Pelé, o que era uma ferida aberta que ainda incomodava o clube.

Durante anos, houveram inúmeras ofertas e tentativas fracassadas de ter o Rei. Mas somente em 1961 que surgiu fortes indícios de que Pelé poderia trocar Santos pela capital espanhola. Na época em questão, até mesmo o presidente do Brasil, Jânio Quadros, preocupou-se com o risco de ver um dos "maiores patrimônios" do país se transferir para o exterior.

"Preocupa-me a reiterada contratação de futebolistas brasileiros por clubes estrangeiros. Desejam, agora, 'importar' também Pelé! Cumpre evitar tal processo de enfraquecimento da seleção campeã do mundo, pois a 'exportação' de nossos atletas não nos interessa. Aguardo providências", escreveu o mandatário para João Mendonça Filho, dirigente que comandava o Conselho Nacional de Desportos, órgão responsável por toda a política esportiva nacional da época.

Apesar da preocupação, nunca houve a homologaçãode alguma lei que proibisse Pelé de deixar o Brasil.

Mas afinal, por qual motivo Pelé rejeitava os pedidos do time? O motivo pelo qual o três vezes campeão do mundo pela seleção e bicampeão mundial com o Santos nunca aceitou jogar no Real (ou no Milan, na Inter de Milão, no Manchester United, outros times que também tentaram contratá-lo) foi porque, ao contrário da atualidade, o Atleta do Século 20 nunca viu necessidade de ir embora para a Europa para "fazer sua independência financeira" e atuar ao lado/contra os melhores atletas da sua época. Tudo que o Rei queria e precisava, ele encontrava aqui mesmo no Brasil.

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