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Participação feminina do Brasil é recorde em Jogos Paralímpicos

Os Jogos Paralímpicos de Tóquio começam no próximo dia 24 com uma participação feminina recorde. Serão 1782 atletas de 170 países competindo em 21

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Redação Publicado em 21/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 13h59


Os Jogos Paralímpicos de Tóquio começam no próximo dia 24 com uma participação feminina recorde. Serão 1782 atletas de 170 países competindo em 21 modalidades. Acompanhando uma tendência incentivada pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC), o número de mulheres na delegação brasileira cresceu mais de 400% desde os Jogos de Atenas 2004.

– Tem sido nossa prioridade e a gente tem trabalhado muito para que a delegação, que hoje é de 60% homem e 40% mulher, amanhã seja metade-metade – disse Mizael Conrado, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

A nadadora Edênia Garcia é testemunha do crescimento da participação e representatividade feminina em Paralimpíadas. Tetracampeã mundial, ela embarca para a sua quinta participação no evento acompanhada por outras 92 mulheres. A estreia foi em Atenas, em 2004, quando a delegação nacional tinha apenas 23 mulheres.

– Depois de Atenas 2004, a gente teve mais competições sendo televisionadas, então a gente consegue trazer mais representatividade para o público feminino, né? Consequentemente, a gente ganha mais atletas, mais mulheres se inspirando em outras e você vê um aumento natural – comentou Edênia.

Carol Santiago é um exemplo dessa dinâmica. A nadadora só descobriu que era elegível para competir nas Paralimpíadas em 2018, aos 33 anos de idade. Nadando entre as atletas com baixa visão, Carol bateu dois recordes mundiais em menos de um ano de treino. Hoje, ela é a atual recordista dos 50m livre e campeã mundial dos 100m livre na classe S12.

– Eu fico muito feliz de ser mulher e estar figurando no top três do mundo. Eu posso servir de exemplo para quem está começando. Para uma menina que está começando poder dizer assim: “Nossa, ela consegue, ela conseguiu, eu também posso conseguir” – falou Carol.

Carol Santiago é recordista mundial — Foto: Ale Cabral/CPB

Carol Santiago é recordista mundial — Foto: Ale Cabral/CPB

Apesar de os Jogos Paralímpicos terem origem em 1960, a primeira participação brasileira feminina aconteceu somente nos Jogos de Toronto, em 1976. As pioneira foram Beatriz Siqueira, que competiu na natação e no lawn bowls (modalidade semelhante à bocha e praticada na grama), e Maria Alvares, que disputou provas no atletismo e tênis de mesa.

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Fontes: Ge – Globo Esporte.

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