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Delegação brasileira vai ao Japão com 29 toneladas de bagagem

Para chegar a Tóquio, a delegação brasileira contou com uma grande operação de logística. Só de bagagem despachada, são 29 toneladas entre cadeiras de rodas,

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Redação Publicado em 22/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 14h12


Para chegar a Tóquio, a delegação brasileira contou com uma grande operação de logística. Só de bagagem despachada, são 29 toneladas entre cadeiras de rodas, malas pessoais, 65 mil uniformes, implementos esportivos e equipamentos médicos. Viajar para o outro lado do mundo não é algo simples e, no caso dos atletas paralímpicos, os cuidados precisam ser redobrados.

O campeão paralímpico Alan Fonteles, por exemplo, já sofreu ao ter as lâminas de corrida extraviadas. Sorte que foi no voo de volta para casa.

– A prótese de corrida e a prótese reserva vão comigo. Eu não despacho, porque já teve uma vez que eu despachei e foram extraviadas – recordou Alan, que usa próteses feitas sob medida nas duas pernas.

Além de ficar de olho no equipamento, o velocista ainda precisa levar ferramentas, pregos e parafusos para garantir que na hora da prova tudo esteja bem ajustado.

– Nunca tive problemas, mas sempre levo peças extras por segurança – disse o campeão dos 200m em Londres 2012.

Além das malas despachadas, cada membro da delegação pode levar uma mala de mão de até 10kg e mochila. Só as cadeiras de rodas de jogo, de corrida e arremesso somam cerca de 1,5 toneladas. As cadeiras precisam embarcar no mesmo dia em que o atleta usuário.

Atleta da classe T54, para corredores em cadeira de rodas, Vanessa Cristina não desgruda do equipamento.

– Eu comprei a cadeira de corrida com o dinheiro que estava guardado para dar entrada na minha casa própria. Agora estou realizando o sonho que é ir pra Tóquio, graças a Deus, foi uma aposta que deu certo – falou Vanessa.

Vanessa Cristina em competição no Centro Paralímpico Brasileiro — Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB

Vanessa Cristina em competição no Centro Paralímpico Brasileiro — Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB

Por conta da pandemia do novo coronavírus, a área de saúde também precisou reforçar os estoques. O Comitê Paralímpico Brasileiro divulgou a aquisição de 25 mil máscaras. Além disso, terá 10 macas para atendimentos, aparelhos e materiais para fisioterapia, malas com medicamentos e implementos para monitoramento de parâmetros de saúde como oxímetros e termômetros.

– Nossa ideia é que o atleta sinta o menos possível qualquer intercorrência externa. Nosso objetivo é que ele foque somente na competição, que possa buscar os seus resultados. A gente está tentando dar todo esse suporte aqui – afirmou Jonas Freire, sub-chefe de missão do CPB.

A 16ª edição dos Jogos Paralímpicos acontecerá em Tóquio, capital do Japão, entre os dias 24 de agosto e 5 de setembro. A delegação brasileira será composta por 253 atletas (incluindo atletas sem deficiência como guias, calheiros, goleiros e timoneiro), sendo 160 homens e 96 mulheres, além de comissão técnica, médica e administrativa, totalizando 431 pessoas.

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Fontes: Ge – Globo Esporte.

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