A China não é mais aquela que tira destaques do Campeonato Brasileiro, como Renato Augusto, ou então jogadores em peso de grandes clubes europeus, casos de
Redação Publicado em 13/07/2018, às 00h00 - Atualizado às 15h44
A China não é mais aquela que tira destaques do Campeonato Brasileiro, como Renato Augusto, ou então jogadores em peso de grandes clubes europeus, casos de Oscar e Jackson Martínez. Na janela que fechou nesta sexta-feira, o apetite chinês no mercado foi bem mais modesto se comparado a temporadas recentes. O suficiente para levar algumas estrelas brasileiras: Talisca, Paulinho, Roger Guedes (que ainda não foi anunciado oficialmente pelo Shandong Luneng)… e até o naturalizado italiano Éder.
Em um período no qual que a Arábia Saudita se tornou o novo Eldorado para os jogadores brasileiros (ao menos, por ora), a China aperta os cintos – mais por uma questão estratégica do que financeira em si. Afinal, o propósito principal dos dirigentes locais é desenvolver o futebol nacional. E é preciso que os jogadores chineses tenham espaço nos principais times do país – ao mesmo tempo em que os estrangeiros elevam o nível da liga.
Para isso, algumas regras foram criadas na liga chinesa para promover esse desenvolvimento. Por exemplo, só pode haver quatro estrangeiros por elenco, sendo apenas três deles entre os 18 relacionados por partida. Tem mais: cada time tem que ter três atletas sub-23 inscritos em cada jogo da liga nacional, sendo que o número de estrangeiros em campo nunca pode superá-los.
As restrições para segurar o número de estrangeiros também são econômicas. A partir deste ano (e essa regra já valia para a janela anterior, em janeiro), cifras acima de 45 milhões de yuans (cerca de € 5,7 milhões ou R$ 26, milhões) investidas em jogadores estrangeiros ou de 20 milhões de yuans (cerca de € 2,5 milhões ou R$ 12 milhões) são taxadas em 100%, por exemplo. Uma baita indigestão para o feroz apetite chinês.
A solução então foi buscar alternativas. Para contratar as principais estrelas dessa janela, o Guangzhou recorreu a empréstimos: Talisca ainda pertence ao Benfica e chega para ficar inicialmente por seis meses, enquanto Paulinho assina por uma ano (embora os chineses tenham em acordo com o Barcelona para contratá-lo em definitivo ao final desse período). A maior negociação foi a ida de Róger Guedes para o Shandong Luneng, ao custo de € 9,5 milhões (cerca de R$ 43 milhões).
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