Diário de São Paulo
Siga-nos
Cinema

Diretor Lars von Trier é diagnosticado com Mal de Parkinson

O anúncio foi feito pela produtora Zentropa, que pertence ao cineasta

Lars Von Trier em Cannes, no tapete vermelho de "The House That Jack Built", em 2018 - Imagem: Reprodução/Twitter @atmoviesonline
Lars Von Trier em Cannes, no tapete vermelho de "The House That Jack Built", em 2018 - Imagem: Reprodução/Twitter @atmoviesonline

Mateus Omena Publicado em 08/08/2022, às 17h41


Lars von Trier, 66 anos, foi diagnosticado com a doença de Parkinson. O anúncio foi feito pela produtora do cineasta dinamarquês, Zentropa, nesta segunda-feira (8).

Segundo um comunicado da empresa, co-fundada por von Trier em 1992 com o produtor Peter Aalbæk Jensen, o diretor está “de bom humor e está recebendo tratamento de acordo com seus sintomas” enquanto continua a trabalhar na terceira e última temporada da série “O Reino”.

O comunicado também informou que o cineasta estará presente no Festival de Veneza e em outros eventos de imprensa para o lançamento do programa em 2022.

Von Trier co-escreveu "O Reino” com Niels Vørsel. Os dois previamente roteirizaram temporadas anteriores da série. O dinamarquês é conhecido por diversos filmes como "Dançando no escuro" (2000), “Dogville” (2003), "Anticristo" (2009) e "Melancolia" (2011), informou a Variety.

Com o musical “Dançando no escuro”, o diretor ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes.

Por outro lado, Von Trier foi banido por sete anos do mesmo festival a partir de 2011, por declarar em uma coletiva de imprensa do filme “Melancolia” que “simpatizava” com o ditador nazista Adolf Hitler.

Ele também foi acusado de assédio pela cantora Björk, protagonista de “Dançando no escuro”.

"Percebi que é algo universal o fato de que um diretor pode tocar e assediar suas atrizes à vontade e que a instituição do cinema permite isso. Quando resisti às investidas repetidas do diretor, ele ficou irritado e me puniu e criou uma ilusão para a equipe onde eu fui enquadrada como a 'difícil'", disse a artista islandesa em uma publicação nas redes sociais em 2017.

Após a denúncia de Björk, outras nove mulheres relataram ao jornal "Politiken" casos de assédio e abuso dentro dos estúdios Zentropa. Peter Aalbæk Jensen, que está entre os agressores apontados, respondeu à publicação "que não se lembra" das situações relatadas.

Compartilhe  

últimas notícias