André Gonçalves se lança na política após tirar tornozeleira eletrônica; entenda o processo contra o ator

André Gonçalves, 46 anos, se livrou da tornozeleira eletrônica na última terça-feira (6), depois de 60 dias de uso do dispositivo durante prisão domiciliar. O ator é processado por dívidas de pensão alimentícia das filhas. Após a medida, ele lançou sua campanha para concorrer a deputado estadual no Rio de Janeiro pelo Partido Verde (PV).

"Hoje foi um dia importante. Cumpri essa sanção administrativa de 60 dias e hoje eu tirei um peso dessa situação toda", disse o intérprete, em entrevista ao jornal O Globo.

Ele teve a prisão domiciliar decretada pela Justiça de Santa Catarina, decisão tomada em processo movido por sua ex-mulher, a jornalista e atriz Cynthia Benini, por dívidas com a pensão alimentícia de cerca de R$ 350 mil à filha Valentina, de 19 anos. Ele também tem uma dívida de R$ 109 mil com Manuela, de 24 anos, sua filha com a atriz Teresa Seiblitz.

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Segundo o artista, a dívida está sendo resolvida por meio de um acordo com as filhas Manuela, de 24 anos, e Valentina, de 19.

“Já tem um acordo feito com a mais velha e estou terminando de fazer um acordo com a mais nova. Estou bastante empolgado”, afirmou.

Atualmente, o ator também está filiado ao PV e concorre a uma vaga na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Ele ingressou no partido em julho de 2022. Na ocasião, André publicou uma foto no Instagram ao lado de Roberto Rocco e José Augusto Venda, membros da Executiva Nacional do PV.

“Amanhã vou para rua começar minha campanha pelo Partido Verde, meio ambiente social, a luta que a gente precisa. Vou trabalhar, ‘filipetar’, estou bem empolgado”, disse.

Entenda o processo

O pedido de prisão domiciliar para André Gonçalves foi decretado pela Justiça de Santa Catarina em novembro de 2021 por conta do não pagamento de pensão alimentícia de Valentina.

A dívida seria de mais de R$ 350 mil, pois o ator não estaria honrando o compromisso desde 2007. O valor que deixou de ser pago chegou a R$ 4,5 mil mensais. O processo é movido pela jornalista Cynthia Benini, cujo relacionamento com André durou quatro anos.

Na época, o então advogado do ator, Sylvio Guerra, havia afirmado que o cliente cumpriria a pena por não ter como quitar a dívida, uma vez que estava desempregado. A partir da prisão decretada, ele teria 60 dias para se apresentar à Justiça e deveria usar tornozeleira eletrônica.

Por outro lado, em dezembro de 2021, houve um novo pedido de prisão domiciliar, desta vez no Rio de Janeiro, pelo não pagamento de pensão alimentícia à filha mais velha, Manuela, de 23 anos. A jovem move o processo desde que chegou à maioridade.

Manuela é fruto do relacionamento do ator com a atriz Tereza Seiblitz, de 57 anos, que já apontava André como um pai ausente e “cenográfico”. Ela afirmou que a pensão não é paga corretamente há mais de 10 anos. A filha chegou a produzir um filme sobre o tema “ausência paterna”, baseado em suas vivências pessoais.

De acordo com Tereza, além da dívida de R$ 109 mil, André Gonçalves teria agredido Manuela verbalmente. O advogado Sylvio Guerra desistiu dos dois casos, que teriam sido passados a um outro profissional amigo do ator.

Em entrevista ao portal OFuxico, Sylvio Guerra explicou que é amigo pessoal do ator e o representou na Justiça de graça e apenas por cordialidade.

“Advoguei para ele gratuitamente, o que foi enfatizado em juízo, dadas as condições dele de desemprego e tenho um carinho enorme pelo André. Foi opção dele levar o caso à análise de outro profissional, então entendo que assim ele preferia, mesmo que eu venha conseguido postergar por tanto tempo a decisão judicial que, em casos como esse, é sempre breve”.

O ator recorreu novamente a Sylvio, pedindo para que um outro advogado pudesse tentar reverter as duas causas na justiça. No entanto, ele passou a ignorar André.