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Estudantes de medicina de Rio Preto retornam de expedição humanitária no Paraguai

Os alunos, Gabriela Nunes, 21 anos, Matheus Canton Assis, de 22, e Antônio Carlos Guerra Júnior, de 23, integraram uma equipe de 21 profissionais, entre

Estudantes de medicina de Rio Preto retornam de expedição humanitária no Paraguai
Estudantes de medicina de Rio Preto retornam de expedição humanitária no Paraguai

Redação Publicado em 16/12/2016, às 00h00 - Atualizado às 18h53


Alunos integraram equipe de cirurgias e atendimentos a pessoas carentes.
Foram realizados 97 procedimentos de diversas especialidades médicas.

Os três estudantes do curso de medicina de uma faculdade de São José do Rio Preto (SP) que participaram de uma expedição humanitária no início do dezembro, em Furte Olimpo, distrito do Paraguai, retornaram da viagem com um saldo positivo do trabalho realizado.

Os alunos, Gabriela Nunes, 21 anos, Matheus Canton Assis, de 22, e Antônio Carlos Guerra Júnior, de 23, integraram uma equipe de 21 profissionais, entre cirurgiões, anestesistas, clínicos, ortopedistas, dentistas e paramédicos, durante trabalho humanitário de seis dias.

97 cirurgias de diversas especialidades foram realizadas  (Foto: Reprodução / Divulgação)97 cirurgias de diversas especialidades foram
realizadas (Foto: Reprodução / Divulgação)

Durante a expedição foram realizadas 24 cirurgias de hérnia abdominal, 73 cirurgias oftalmológicas, sendo 36 cataratas e 37 pterígios, e mais de 100 atendimentos odontológicos. Segundo os estudantes, na bagagem muita solidariedade, agradecimentos e histórias para contar.

“Minha vida mudou. Tenho certeza que essa é uma das melhores experiências que tive na minha vida. Essa expedição, o trabalho, as pessoas, tudo isso faz a gente repensar a vida, os valores. Não tenho como descrever o sentimento que tive ao ver um casal de idosos de mãos dadas vendo o por do sol após a cirurgia de catarata, isso não tem preço”, conta Gabriela Nunes.

Foram 1.100 quilômetros por terra e mais 10 horas de viagem de barco para chegar ao destino. Os atendimentos foram realizados em um pequeno hospital, adaptado para as cirurgias e atendimentos na cidade de Fuerte Olimpo.
O estudante Antônio Junior, conta que a viagem foi intensa e produtiva. Conseguiu aprender sobre medicina usando poucos recursos disponíveis no local e que ficou emocionado, pois a população via na equipe de profissionais uma esperança para os problemas de saúde.

População local recebeu atendimento médico gratuito (Foto: Reprodução / Divulgação)

População local recebeu atendimento médico gratuito (Foto: Reprodução / Divulgação)

“A população é muito carente e conseguimos levar um pouco de dignidade no atendimento de saúde. Levo da viagem que o pouco que conseguimos fazer, mudou a vida daquelas pessoas que não se cansavam de agradecer sempre com um sorriso no rosto”, diz Junior.

Segundo Matheus Assis, ir a um lugar distante, com poucos profissionais da saúde trabalhando, é algo compensador. Realidade bem diferente daquela que o estudante está acostumada a viver. “Muitas vezes me senti impotente, as pessoas não tem acesso a saúde, o meio de transporte deles é barco, tudo muito carente e difícil, outra realidade, foi chocante.

“Vim pensando durante a viagem de retorno que quero implantar o voluntariado em minha vida. Quero fazer mais pelas pessoas. Esse tipo de atitude, de ajudar as pessoas, é como uma sementinha, que depois de colocada dentro da gente ela cresce para sempre”, finaliza Assis.

Alunos integraram equipe de 21 profissionais, entre cirurgiões, anestesistas, clínicos, ortopedistas, dentistas e paramédicos. (Foto: Reprodução / Divulgação)

Alunos integraram equipe de 21 profissionais, entre cirurgiões, anestesistas, clínicos, ortopedistas, dentistas e paramédicos. (Foto: Reprodução / Divulgação)

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