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Combustíveis mais caros a partir de julho: como o aumento de impostos afetará o bolso dos brasileiros?

Petrobras reduz preço da gasolina, mas governo anuncia aumento de impostos

Aumento da gasolina a partir de julho. - Imagem: Freepik
Aumento da gasolina a partir de julho. - Imagem: Freepik

Marina Roveda Publicado em 27/06/2023, às 08h54


O governo Lula (PT) anunciou que a partir do próximo sábado, 1º de julho, haverá um aumento nos impostos federais sobre gasolina e etanol, o que tem gerado expectativas e receios em relação aos impactos nos preços dos combustíveis. Serão acrescentados R$ 0,22 centavos de PIS/Cofins por litro nos dois tipos de combustível.

Essa alta na tributação ocorre logo após a Petrobrasanunciar uma redução de R$ 0,13 centavos por litro da gasolina para as distribuidoras. No entanto, como o aumento dos impostos será maior do que a queda no preço anunciada, a tendência é que o valor final do combustível fique acima do praticado anteriormente.

Vale ressaltar que, na semana de 4 a 10 de junho, o preço da gasolina já havia aumentado R$ 0,21 por litro devido à mudança na forma de tributação do ICMS. Essa sequência de aumentos tem impactado diretamente a vida dos consumidores.

Em entrevista à Jovem Pan News, o customizador de carros antigos Alexandre Oliveira relatou que seus clientes estão tendo que abrir mão de seu estilo de vida quando os preços do combustível aumentam. Segundo ele, os carros mais antigos costumam ter motores maiores e, consequentemente, consomem mais gasolina. Com os preços em alta, fica difícil manter essa paixão pelos carros antigos.

Alex Lourival, taxista, também se sente prejudicado, pois não pode repassar o valor do aumento aos clientes. Ele afirma que está ficando cada vez mais difícil sustentar os gastos com combustível e que a situação está insustentável para a categoria dos taxistas.

Está um absurdo sustentar essa despesa do combustível. Para a nossa categoria está demais”. 

Samuel da Silva, chefe de família, revela que os aumentos têm impactado sua rotina, resultando em menos passeios de carro. Ele precisa restringir algumas atividades, como passear com a família, devido aos constantes aumentos no preço dos combustíveis.

“Eu acabo andando muito menos. Algumas coisas que eu faço, como passear com a família, eu acabo regrando. Porque trabalhar ainda é ter que ir para se sustentar. Agora, passeio já era, com combustível toda vez aumentando não dá certo”.

Com mais um aumento no horizonte, os consumidores brasileiros aguardam com preocupação e incerteza sobre os futuros preços dos combustíveis e como isso afetará seus orçamentos e estilo de vida. A expectativa é de que o governo encontre alternativas que amenizem esses impactos e garantam um equilíbrio econômico para a população.

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