Tombamento pode ajudar na captação de verbas para restauração.
G1 Publicado em 21/08/2022, às 15h19
O Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico Cultural, Artístico e Paisagístico de Mogi das Cruzes (Comphap) trabalha em um levantamento para o tombamento da imagem da padroeira da cidade, Sant’Anna.
O diretor de Patrimônio e Arquivo Histórico da de Mogi, Glauco Ricciele, aponta que tudo indica que a imagem seja da metade do século 18 e, por conta de algumas características, como o olho de vidro, pode ter sido feita em Minas Gerais. Ricciele detalha que imagens de outros santos, como de Santa Emerenciana, Nossa Senhora do Carmo e São Benedito, podem ser tombadas também.
Ricciele explica que o tombamento ajuda no processo de restauro das imagens. “Auxilia a se tornar um bem com chancela de tamanha importância para o município de Mogi. [exemplo] Se for gastar R$ 80 mil para um restauro básico hoje, sem tombamento, sai dos cofres da Mitra. Com restauro pode ser feito com leis de incentivo de cultura. Como não está tombada o peso é menor. Ao invés da igreja custear o valor pode fazer projeto e captar isso em impostos de empresas ou cidadãos que pagariam para município, estado ou federação. Encurta o caminho e viabiliza inúmeras oportunidades.”
Ele também destaca que o processo de tombamento ainda está em fase inicial. Nesta etapa é feito o contato com especialistas do Museu de Arte Sacra de São Paulo para relato e levantamento específico de característica material para auxiliar no tombamento.
O historiador enfatiza que não tem prazo para entrega desse relatório porque o Departamento de Patrimônio Histórico tem outras demandas. O diretor afirma ainda que não existe um prazo para o tombamento acontecer, porque depende de demandas das pesquisas analisadas pelos conselheiros do Comphap.
O diretor detalha que imagens de outros santos, como de Santa Emerenciana, Nossa Senhora do Carmo e São Benedito, podem ser tombadas também.
Ricciele aponta que a imagem passou por intervenções com o tempo. Uma delas foi feita no trono, que foi adaptado, mas ainda é possível ver que a cadeira onde a santa está era mais baixa.
Outra particularidade da imagem de Sant’Anna é o baldaquino. Ricciele explica que ele é a estrutura que fica em volta da imagem e é formada por quatro colunatas com um dossel. O dossel é a cobertura e as colunas seguram o dossel e há anjos sustentando a coroa em cima.
“Peça confeccionada possivelmente nos anos 20. Ficou no Museu Visconde de Mauá quando era na Prefeitura, depois foi para o Carmo e em seguida para a Mitra. E voltou para Catedral na última década. Peça importante que merece restauro e atenção. Ela pertencia à antiga igreja matriz, que foi demolida em 1954.”
O diretor e historiador completa que Sant’Anna traz um olhar do devocionário tropeiro. “Santa Anna era cultuada na região do planalto de São Paulo, Mogi e Santana do Parnaíba onde era padroeira também. Na Catedral da Sé tem um mosaico no lado oposto ao altar de frente para o mosaico de São Paulo que é o mosaico de Santa Anna. Uma santa de grande devoção dos portugueses quando aqui chegaram.”
Leia também
Igreja de padre em vídeo de sexo já teve outro escândalo sexual, também com pároco; entenda
Policial de 21 anos é arrebatado por facção criminosa no Guarujá
João Guilherme não aguenta mais e abre o jogo sobre sua sexualidade
BBB24: Pitel e Rodriguinho fazem surpresa para MC Bin Laden; confira o reencontro
Estudante dorme com lente de contato e tem olho devorado por doença assustadora
Henrique e Juliano estão fora de tributo a Marília Mendonça; entenda o motivo
Fortaleza x Red Bull Bragantino: confira horário e onde assistir ao jogo do Brasileirão
Mega-Sena: prêmio acumula e vai a R$ 6,5 milhões; veja como apostar
Documentário sobre Davi, campeão do BBB24, ganha data de estreia; veja quando
Britney Spears faz acordo com o pai e encerra disputa legal