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Moradora do ES que morreu em voo de SP para Paris foi vítima de trombose

A dona de casa Maria de Lourdes Araújo dos Santos, de 75 anos, que morreu em um voo que seguia de São Paulo para Paris, na França, na última segunda-feira

Moradora do ES que morreu em voo de SP para Paris foi vítima de trombose
Moradora do ES que morreu em voo de SP para Paris foi vítima de trombose

Redação Publicado em 17/02/2022, às 00h00 - Atualizado às 08h02


A dona de casa Maria de Lourdes Araújo dos Santos, de 75 anos, que morreu em um voo que seguia de São Paulo para Paris, na França, na última segunda-feira (14), foi vítima de uma trombose. A informação foi confirmada pela família dela.

Maria passou mal durante uma viagem no voo LA702, da companhia aérea Latam e chegou a ser socorrida, mas não resistiu. Com a morte da passageira, a aeronave precisou fazer um pouso não programado em Madri, na Espanha.

Maria de Lourdes tinha 75 anos e nasceu na Bahia, mas morava em Cariacica, na Região Metropolitana do Espírito Santo, há 30 anos. A idosa tinha como destino a capital francesa, onde moram cinco filhos dela.

De acordo com o laudo que foi repassado pela perícia à família, a trombose foi responsável pelo mal súbito. Trata-se da formação de um coágulo no sangue em uma ou mais veias grandes das pernas e das coxas. O coágulo bloqueia o fluxo sanguíneo, causando inchaço e dor.

Quando esse coágulo se desprende e se movimenta na corrente sanguínea, ocorre a embolia. No caso de Maria de Lourdes, a família informou que o coágulo se alojou no coração.

Filho aguardava a chegada da mãe no aeroporto

Uma das filhas da dona de casa, a cabeleireira Lucilene Araújo dos Santos, de 49 anos, mora em Paris há quatro anos. Ela contou à Rede Gazeta que um dos irmãos estava no aeroporto aguardando a chegada da mãe, que desembarcaria 14h16 da segunda, no horário local, mas o voo não chegou na hora prevista.

Segundo Lucilene, os funcionários da Latam não sabiam informar o motivo do atraso do voo. Foi só quando um outro familiar de Lourdes que estava na mesma aeronave comunicou à própria mãe que havia pousado em Madri, que os filhos de Lourdes souberam que a mãe havia passado mal. Ainda assim, a companhia aérea não tinham mais informações sobre o ocorrido.

“Alguém de Madri informou à Latam daqui [de Paris] que a passageira teria ido a óbito. Leandro então se deslocou nesta terça-feira, logo cedo, para a Espanha e está lá o dia inteiro. A empresa de lá diz que a responsabilidade é da companhia instalada no Brasil, e ele não sabe como resolver a situação ainda”, relatou Lucilene, filha de Lourdes.

Esta seria a terceira viagem que Lourdes fazia para França para encontrar os filhos. Em 2012 e em 2019, ela visitou a capital francesa acompanhada do marido.

“Desta vez, ela parou definitivamente em Madri. Mas deixa uma memória que eu não tenho nem palavras. Cumpriu a missão dela com os filhos, com o esposo, com os netos, bisnetos e milhares de amigos que ela tinha”, contou Lucilene.

A dona de casa deixou sete filhos, 24 netos e oito bisnetos. A família optou por cremar o corpo dela na Espanha, já que o translado para o Brasil poderia ser um processo demorado.

O voo LA702 saiu do Aeroporto de Guarulhos, às 23h05 do domingo (13), com destino a Paris.

A companhia aérea disse em nota que “se sensibiliza com o ocorrido”.

“Desde o início da ocorrência, a empresa seguiu todos os procedimentos necessários a bordo e, já em Madri, providenciou que o sobrinho que a acompanhava no voo prosseguisse para Paris. Em paralelo, também providenciou que o seu filho viajasse de Madri para Paris em voo da Iberia”, diz parte da nota.

A Latam divulgou ainda que, no aeroporto de Madri, “prestou todos os esclarecimentos para o filho da passageira e providenciou hotel e alimentação na capital espanhola para assegurar os procedimentos necessários”.

“A Latam também esclarece que o atendimento médico a bordo de todos os voos é realizado de forma voluntária. Os tripulantes anunciam a emergência de saúde a todos os passageiros para que médicos voluntários possam se apresentar para esse atendimento. A empresa conta com kits médicos de primeiros socorros e com desfibriladores em todas as suas aeronaves, inclusive com mais itens do que exige a legislação de cada país onde a companhia opera”, diz trecho da nota.

A companhia informou também que tem parceria com empresa de telemedicina que pode prestar atendimento remoto em caso de ausência de médicos a bordo, ou até mesmo assessorar remotamente os médicos que estiverem a bordo.

“Em casos mais graves, como o do voo de São Paulo para Paris, a Latam segue o procedimento indicado e busca o aeroporto mais adequado para o atendimento médico”, divulgou a empresa.

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G1

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