O quarto episódio do podcast 'Isso Está Acontecendo' vai mostrar por que o mercado do ódio cresce tanto no Brasil e no mundo: de produtos feitos para serem
Redação Publicado em 22/05/2021, às 00h00 - Atualizado às 09h21
O quarto episódio do podcast ‘Isso Está Acontecendo’ vai mostrar por que o mercado do ódio cresce tanto no Brasil e no mundo: de produtos feitos para serem odiados a pessoas que dedicam tempo e dinheiro com coisas que não gostam. O jornalista Chico Felitti conversou com especialistas no tema e um advogado cujo hobby é odiar. Ele chega a passar três horas do dia navegando nas redes sociais de quem detesta.
“Eu, por natureza, já sou uma pessoa pirracenta e briguenta. Daí eu vejo um perfil de uma pessoa tosca se achando. É óbvio que eu vou provocar. É isso que me dá prazer. Eu quero que a pessoa leia esse comentário e se sinta provocada, nervosa. Eu quero que ela fique estressada, eu quero que ela me responda mal-educada. Eu quero que ela mostre que ela não é: ‘Ai meu Deus, como eu sou linda, maravilhosa, good vibes’, porque você não é. Isso é uma imagem que você faz pra ganhar dinheiro de trouxa”, disse o advogado, que pediu para não ser identificado.
O podcast ‘Isso Está Acontecendo’ está disponível no G1, no Globoplay, no Deezer, no Spotify, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, no Amazon Music ou no seu aplicativo favorito. Siga, assine ou curta o podcast para ser avisado sempre que tiver um novo episódio disponível na sua plataforma predileta. Todo sábado tem episódio novo e de graça.
O psicólogo Yuri Busin, que é doutor em Neurociência Cognitiva pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, se depara com a raiva no dia a dia em seu consultório e explica que a raiva funciona como uma injeção de adrenalina.
“A raiva é uma emoção que nos desperta. Ela não nos coloca para baixo, ela nos causa adrenalina, ela causa aquele sentimento muito forte dentro da gente, e isso também é altamente prazeroso. É muito gostoso sentir tudo isso. Não é uma coisa tão ruim quanto parece”, disse ele.
Segundo Busin, a raiva pode até repercutir mais que o amor nas redes sociais.
Pesquisador de comportamento de consumo, Tiago Faria concorda que o ódio passou a pautar as escolhas culturais das pessoas.
“A gente nunca consumiu tanto conteúdo, então acho que de alguma forma seja natural que entre o joio e o trigo tenha mais conteúdo que a gente desgoste. A gente, a partir da pandemia, passou a ter vidas muito mais medíocres do ponto de vista de ostracismo. Acho que tanto o amor quanto o ódio contribuem em alguma medida para eu sair desse cenário flat que eu estou. Então, a passionalidade nesse momento é bem vida, porque a gente está com a vida muito flat”, opinou.
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Fonte: G1 – Globo.
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