Uma estátua do cantor e compositor negro Itamar Assumpção foi inaugurada na tarde desta quarta-feira (15), no Centro Cultural Penha, na Zona Leste de São
Redação Publicado em 15/12/2021, às 00h00 - Atualizado às 14h45
Uma estátua do cantor e compositor negro Itamar Assumpção foi inaugurada na tarde desta quarta-feira (15), no Centro Cultural Penha, na Zona Leste de São Paulo. A obra fica no Largo do Rosário, número 20.
O artista foi conhecido por utilizar diversos gêneros musicais em suas criações, como o samba, o rock, funk e até reggae. As composições eram carregadas de críticas sociais. Assumpção se tornou referência da música independente dos anos 1980.
“Ele falava muito que era um artista de outro tempo, que seria compreendido e assimilado pelas pessoas só depois que morresse. Ele foi sempre muito fiel à sua criação e sua criatividade, isso é muito estimulante”, contou Anelis Assumpção, filha de Itamar.
O trabalho feito em bronze nasceu das mãos do escultor Leandro Junior. “Foi um processo de muito estudo”, disse.
“A estátua do Itamar não é somente uma homenagem ao artista, é um símbolo muito importante neste momento”, destacou o artista plástico.
Além dessa estátua, quatro outros monumentos em homenagem a personalidades negras serão instalados pela cidade em 2022, todos criados por artistas negros:
“Tivemos a inauguração do museu há pouco tempo, temos agora a inauguração da estátua numa região onde ele viveu e trabalhou muito. É essa a importância do reconhecimento da importância dele”, considerou o também cantor e compositor Gilberto Gil, que é conselheiro do museu Itamar Assumpção, fundado em 2020.
“Isso é positivo não só pela questão do reconhecimento, da ação afirmativa, mas também para a gente começar a minimizar um pouco o racismo estrutural”, explicou Aline Torres, secretária de Cultura do município.
“Como tivemos fatos recentes na sociedade, uma estátua conta um lado da história. Agora, a gente tem personalidades negras positivas para contar uma outra história. É importante a gente andar pela cidade e saber quem foi ele de verdade”, completou Torres.
Em julho deste ano, uma estátua do bandeirante Borba Gato localizada na Zona Sul de São Paulo foi incendiada por um grupo de manifestantes. Bandeirantes como ele desbravaram territórios no interior do país e capturaram e escravizaram indígenas e negros. Segundo historiadores, muitos mataram índios em confrontos que acabaram por dizimar etnias. Também estupraram e traficaram mulheres indígenas, além de roubar minas de metais preciosos nos arredores das aldeias, conforme o livro “Vida e Morte do Bandeirante”, de Alcântara Machado.
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G1
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