O Brasil fechou 2016 com uma marca histórica: foram 12 milhões de pessoas desempregadas. A crise atingiu todos os setores e em São José do Rio Preto (SP) não foi diferente. Ao todo, 11 mil trabalhadores foram demitidos até outubro do ano passado.
Quando um pai de família fica sem trabalhar, a preocupação já é grande. Agora imagina quando marido e mulher ficam desempregados. É o caso do casal Maiara Flaviane e Júlio César Teixeira. “Energia, água, IPTU, que tem de pagar, são muitas contas chegando e o dinheiro não entra. O que tiver oportunidade eu aceito, em posto, conveniência, vendedor, auxiliar geral, mas até agora nada”, afirma Júlio.
O casal está desempregado. Júlio, desde abril, e Maiara, desde julho. Eles têm quatro filhos e já distribuíram currículo e pediram emprego pela cidade toda. Estão dispostos a aceitar qualquer vaga. Mesmo assim, até agora, nada. “Perguntam se tem filhos, quando falo que tenho quatro não dão preferência, não dão retorno”, diz Maiara.
O casal Jorge Rodrigues Souza e Cristiane Gomes também está desempregado. Eles vivem de algumas faxinas para fora que ela faz e alguns bicos do marido. De técnico em tubulação industrial, Jorge partiu para o conserto de móveis, que também não garante renda para as despesas do mês. “Adoro minha área de trabalho, vou continuar insistindo até conseguir, mas por enquanto tenho de pegar o que tem”, afirma Jorge.
| Dicas para não se desesperar | |
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| Faça atividades físicas para manter o ânimo | Separe pelo menos duas horas para buscar vagas e enviar currículos pela internet, por exemplo. |
| Se mantenha atualizado com cursos gratuitos e leituras. | Busque na memória o que realmente gosta de fazer e coloque em prática uma ideia. |
| Procure um trabalho voluntário que você goste. Isso ajuda a se sentir útil para os outros e para você mesmo. | |
Segundo o Ministério do Trabalho, em 2014, 38.284 mil pessoas deram entrada no Seguro Desemprego em Rio Preto. Já em 2015 foram 35.344. No ano passado, foram mais de 11 mil até outubro.
Eliege Aparecida e o marido fazem parte desses números. Ela está sem emprego há quatro meses, o marido, há um ano. “As portas estão se fechando cada vez mais, difícil de ter vaga. Por enquanto a gente consegue pagar as contas porque não estão tão altas, mas não sabemos até quando”, diz Eliege.
Enquanto o serviço não vem, aproveite para reorganizar todas as contas e dívidas. É a dica da Teresa Ribeiro, que é consultora de RH e ajuda as pessoas a manterem a calma e o controle diante dessa situação. “O importante é trabalhar o máximo possível a mudança de comportamento, isso vai ajudar. A família ajuda muito também, motiva, levanta a pessoa para não ficar na tristeza, que é natural.”