O nível das represas caiu nos últimos meses nos reservatórios do noroeste paulista, mas nada comparado a estiagem que atingiu a região em anos anteriores. Nos últimos dias choveu bem na região, mas não o suficiente para evitar que o nível das represas baixassem.
O reservatório da usina de Ilha Solteira (SP) é o último da bacia hidrográfica, e por isso as alterações são sempre menores e demoram mais para acontecer. Em julho estava com pouco mais de 84% e, agora, 63%.
Apesar de o período de estiagem desse ano ter sido menos rigoroso, o Operador Nacional do Sistema já esperava uma redução na altura da água. Em Icém (SP), o nível do rio Grande que banha as prainhas já dá sinais de queda. “Vem abaixando a cada dia que passa, se continuar assim até chegar na seca vai ficar no 0”, afirma Onivaldo Torresin Vilela, gerente de restaurante próximo às prainhas.
Se comparar com dois anos atrás, período de uma das maiores estiagens do Estado, a situação é bem diferente. A partir de julho, o nível do reservatório do rio começou a baixar. Nos últimos três meses, houve uma queda em torno de 50%.
Para o comerciante Luiz Fernando Neves, que vive do turismo no rio Grande, a água baixou bem nos últimos meses, mas nada que não era já esperado para época. “Em outros anos esteve bem mais seco, e agora está mantendo, está normal mesmo”, diz o comerciante Luiz Fernando Neves.
Em julho deste ano, o nível do reservatório da usina hidrelétrica de Marimbondo, que pertence à Furnas, estava operando com 81% de sua capacidade. Atualmente, o nível está com 46% da capacidade. “No caso dos reservatórios, esse volume de chuva permitiu que os reservatórios fossem recompostos e na região estão com estoque de água muito bom”, diz Fernando Tangerino, professor da Unesp Fernando.