Rede americana Sears entra com pedido de recuperação judicial nos EUA

A rede americana de lojas Sears, muito enfraquecida com o avanço do comércio eletrônico, anunciou nesta segunda-feira (15) um pedido de proteção contra

Rede americana Sears entra com pedido de recuperação judicial nos EUA -

Redação Publicado em 15/10/2018, às 00h00 - Atualizado às 09h46

A rede americana de lojas Sears, muito enfraquecida com o avanço do comércio eletrônico, anunciou nesta segunda-feira (15) um pedido de proteção contra credores com o objetivo de tentar uma reorganização para evitar a falência. Trata-se de um mecanismo semelhante à concordata ou com o pedido de recuperação judicial existente da legislação brasileira.

A Sears Holdings recorreu ao artigo 11 da lei americana de falências, que permite às empresas continuar operando para tentar uma reorganização sem a pressão dos credores, informou o grupo, que protocolou o pedido em um tribunal de Nova York.

Nos últimos anos, a empresa fechou centenas de lojas como parte de uma reorganização do setor comercial, provocada em parte pelo avanço da Amazon e de outras companhias do comércio eletrônico.

A Sears tem uma grande dívida e nesta segunda-feira não conseguiu pagar uma fatura de US$ 134 milhões, indica o comunicado.

Edward S. Lampert, presidente da Sears Holdings, afirmou que a declaração de insolvência permitirá à empresa “flexibilidade para fortalecer seu balanço” e acelerar uma transformação estratégica.

A empresa planejava uma reorganização com base em uma plataforma de lojas menor, uma estratégia que ajudaria a salvar dezenas de milhares de empregos, destacou o executivo.

O comunicado informa ainda que a Sears fechará 142 lojas que não são rentáveis até o fim do ano, além do fechamento, que já havia sido anunciado, de 46 unidades em novembro.

Com uma história iniciada em 1886, a Sears foi pioneira entre as grandes lojas de departamento e construiu um império em toda América do Norte.

A companhia era a maior rede de varejo do mundo na década de 1960 e se tornou um símbolo da dificuldade das lojas físicas em competir com rivais online liderados pela Amazon.

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