Nobre apresenta sucessor e pede ao palmeirense um “presente de Natal”

Quinta-feira, 15 de dezembro de 2016. Após quatro anos na presidência, Paulo Nobre se despede da vida política do clube e passa o comando do Palmeiras para

Nobre apresenta sucessor e pede ao palmeirense um “presente de Natal” -

Redação Publicado em 18/12/2016, às 00h00 - Atualizado às 14h31

Novo mandatário será Maurício Galiotte, primeiro vice-presidente de Nobre. Posse foi transferida na última quinta-feira, em cerimônia realizada na sede social do clube

Quinta-feira, 15 de dezembro de 2016. Após quatro anos na presidência, Paulo Nobre se despede da vida política do clube e passa o comando do Palmeiras para Maurício Galiotte. Na prática, a expectativa é que a mudança represente pouco impacto no dia a dia do Verdão.

– Ele foi um dos leais escudeiros que eu tive nessa gestão. Posso falar que meus quatro vices e, principalmente, a minha diretoria como um todo foram extremamente leais mesmo nos momentos mais difíceis e controversos. Sou muito grato a todos eles. Peço ao torcedor palmeirense que, por mais difícil que seja, tenha paciência. Que saiba entender que está iniciando uma nova gestão. (Maurício Galiotte) É uma pessoa muito bem intencionada, foi meu vice-presidente por quatro anos e vai precisar muito de apoio – disse Nobre, em entrevista concedida há pouco mais de uma semana ao GloboEsporte.com.

– O Maurício tem a gestão dele, que é uma continuação da nossa. O grupo é o mesmo, mas o piloto é outro. Ele tem a maneira dele de pilotar o Palmeiras. O clube não é um trilho, que se andar dez centímetros para o lado você capota. O Palmeiras é uma trilha, sabemos o norte e onde queremos chegar. Mas cada piloto tem a sua maneira de conduzir. Uns vão mais à direita, uns mais à esquerda, outros ao centro, isso vai ser diferente. Ele tem a maneira dele de conduzir e tem competência para isso – acrescentou.

Galiotte foi eleito presidente do Verdão em uma eleição com chapa única. Além do primeiro vice agora como principal mandatário do clube, Nobre conseguiu manter a base da sua diretoria – o restante da chapa foi composto pelos vices Antonino Jesse Ribeiro, Victor Fruges e José Carlos Tomaselli.

Peço ao torcedor palmeirense que, por mais difícil que seja, tenha paciência. Que saiba entender que está iniciando uma nova gestão”
Nobre, ex-presidente do Palmeiras

Para evitar qualquer interferência direta na nova gestão, Nobre vai abrir mão do cargo no Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) – todo ex-presidente se torna membro nato do órgão, que conta sempre com 15 conselheiros eleitos indiretamente, além de presidente e vice. Tudo para que, em teoria, Galiotte mantenha autonomia na gerência do clube.

– Essa próxima gestão é uma continuação da minha gestão. Não acharia ético ficar fiscalizando a minha própria gestão. Para esse próximo biênio vou abrir mão da minha condição de membro nato do COF para poder ficar também à disposição do Executivo, do Maurício Galiotte, caso ele precise – declarou.

– Não preciso ter cargo nenhum para ajudar. Maurício foi um companheiro muito leal o tempo todo. Mesmo não concordando comigo ele foi muito leal e acatou a minha maneira de presidir. Eu serei tão leal a ele o quanto ele necessitar. A princípio eu não tenho cargo nenhum e não preciso ter caso ele me demande alguma ajuda. Talvez ele não precise. Estarei sempre à disposição – completou Nobre.

Mandato de Galiotte é válido até dezembro de 2018 (Foto: Fabio Menotti/Ag.Palmeiras/Divulgação)

Com dois títulos nacionais conquistados na segunda gestão, Nobre é elogiado também por ter conseguido aumentar consideravelmente as receitas do clube nos últimos anos. Além da bilheteria da arena e do patrocinador, o Verdão lucrou com o programa de sócio-torcedor. Está bom? O agora ex-presidente quer mais.

– Sempre nos perguntamos que presente o clube vai dar ao torcedor no Natal. O grande presente nos dois últimos anos foi o palmeirense passar as festas campeão. Ganhar um Brasileirão depois de 22 anos acho que foi o maior presente que poderíamos ter dado para a nossa torcida – disse Nobre.

– Agora faço um apelo. Por que o palmeirense não dá um presente para o Palmeiras? Eu peço que todo palmeirense vire sócio Avanti. Que todo sócio Avanti traga outro amigo para virar sócio Avanti também. Eu lanço um desafio: vamos chegar a 200 mil sócios adimplentes em janeiro. Esse é o maior presente que o torcedor pode dar ao Palmeiras e para a nova gestão que se inicia. Quanto mais poder de fogo o Maurício tiver mais forte será o time e maior será a alegria. Ser sócio Avanti não é gastar dinheiro, é investir na sua própria felicidade. O Palmeiras tem milhões de torcedores. Se todos investirem o Palmeiras fica imbatível. Já temos um grande patrocinador, já temos renda de bilheteria, já temos outra fonte de receita, como a própria televisão, mas o nosso diferencial é comprometimento do palmeirense – completou.

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