Marília participa do 5º Congresso Internacional de Paleontologia em Paris

Foi realizado em Paris, capital da França, o 5th International Paleontological Congress, ou seja, o 5º Congresso Internacional de Paleontologia, entre os dias

Marília participa do 5º Congresso Internacional de Paleontologia em Paris -

Redação Publicado em 20/07/2018, às 00h00 - Atualizado às 15h25

Foi realizado em Paris, capital da França, o 5th International Paleontological Congress, ou seja, o 5º Congresso Internacional de Paleontologia, entre os dias 9 e 13 de julho, contando com apresentações de trabalhos e palestrantes de todos os continentes.

Prestigiado pela comunidade científica mundial, o evento realizado de quatro em quatro anos traz novas informações e avanços no estudo de fósseis ao redor do mundo.

O trabalho An Exceptionally bone bed of Enantiornithine birds in the Late Cretaceous of Brazil, trata sobre fósseis de aves que viveram na época dos dinossauros nesta região, que hoje compreende o oeste paulista, há cerca de 70 milhões de anos.

A apresentação da equipe de Marília destacou a quantidade e preservação em 3D dos materiais fósseis, coletados em uma pequena área não maior que seis metrros quadrados.

“Esta localidade fossilífera constitui o mais abundante sítio com restos fósseis de aves do Mesozóico de todas as Américas e o mais rico sítio de idade Cretácea em nível mundial, merecendo atenção dos pesquisadores que tem estado aqui, desde o ano passado,  a fim de coletar mais  rochas com fósseis para estudos” disse o coordenador do Museu de Paleontologia de Marília, William Nava.

O local vem sendo prospectado há quase 14 anos, resultando na coleta e salvamento de mais de 3 mil ossinhos de aves extintas na era dos dinossauros. Associados aos ossos das aves encontram-se também dezenas de dentes de crocodilianos, dinossauros carnívoros e herbívoros, escamas e pequenos esqueletos de peixes, restos de placas dérmicas de tartarugas, indicando um local de deposição de sedimentos e matéria orgânica num passado distante, que remonta ao Cretáceo, quando a região devia ter cursos d’água e pequenas lagoas efêmeras, num  clima muito quente e seco, porém suficiente para acumular e preservar todos esses organismos que ora são objeto de estudos dos pesquisadores.

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