Esposas de militares visitam terra indígena, pintam a unha e causam aglomeração

Esposas de militares visitaram a Terra Indígena Yanomami, na divisa com a Venezuela, no final de junho para realizar uma ação social, segundo a coluna de

Diário de São Paulo -

Redação Publicado em 17/07/2020, às 00h00 - Atualizado às 23h29

Esposa de militar escreveu que “produzimos as mulheres [indígenas] e elas ficaram como elas falam na língua delas ‘taitha’, que quer dizer bonita”

Esposas de militares visitaram a Terra Indígena Yanomami, na divisa com a Venezuela, no final de junho para realizar uma ação social, segundo a coluna de Rubens Valente, do UOL. No evento, elas causaram aglomeração, sem uso apropriado de máscara.

No evento, que pretendia ser uma ação social com a participação das  esposas de militares , crianças indígenas ficaram aglomeradas junto a adultos não indígenas, ambos sem máscaras.

Até está quinta-feira (16), 280 casos de  Covid-19  foram registrados entre os Yanomamis, segundo o Conselho Distrital de Saúde Yanomami e Yekuana (Condisi-Y). Desses, 136 casos são dentro do território indígena.

O evento ocorreu nos pelotões de Surucucu e Auaris. A ação era voltada para entrega de roupas, no entanto, devido à sua cultura, os Yanomamis permanecem seminus.

As esposas dos militares também maquiaram e fizeram as  unhas  de mulheres Yanomamis .

Uma das esposas escreveu em seu Instagram ao divulgar fotos do evento que “hoje foi o nosso Aciso [Ação Cívico-Social] com os  indígenas  aqui no PEF e produzimos as mulheres e elas ficaram como elas falam na língua delas ‘wekoonekatojo’ ou ‘taitha’ (toíta), que quer dizer bonita”.

IG

INDIGENA J.I MILITARES SPDIÁRIO DIÁRIOSP AGLOMERAÇÕES DIÁRIO DE S. PAULO ALDEIAS ESPOSAS

Leia também