Diário do Tricolor – Análise: com respaldo da marcação, Cueva joga solto e “faz” quatro gols

A posse de bola no Morumbi foi dividida igualmente entre os dois times (50% e 50%), mas a impressão ao final da goleada por 4 a 0 sobre o Corinthians foi a de

Diário do Tricolor – Análise: com respaldo da marcação, Cueva joga solto e “faz” quatro gols -

Redação Publicado em 06/11/2016, às 00h00 - Atualizado às 09h56

Ricardo Gomes escala dois jogadores com maior poder de marcação e vê o rival deixar Willians sobrecarregado. Com liberdade, peruano faz de tudo no Morumbi

A posse de bola no Morumbi foi dividida igualmente entre os dois times (50% e 50%), mas a impressão ao final da goleada por 4 a 0 sobre o Corinthians foi a de que só o São Paulo havia jogado na noite de sábado. Se bem que, na prática, foi isso mesmo.

Tanto na primeira quanto na segunda etapa, o time da casa foi inquestionavelmente superior. Muito em função da grande atuação de Cueva. Além da bela cavadinha no pênalti que abriu a contagem, aos 14 minutos, o peruano transformou contra-ataques em assistências para David Neres, Chavez e Luiz Araújo. Ainda teve chapéu e caneta de brinde (veja o vídeo)…

Willians, único volante de ofício do Corinthians no jogo, esteve sobrecarregado e deixou Cueva “solto” em campo

Por que foi tão fácil? Em primeiro lugar, porque o rival teve muita dificuldade na marcação, devido inicialmente a uma boa atuação do lado esquerdo do ataque são-paulino, dominado por Mena e Kelvin. Foi por ali que surgiram o pênalti e outras boas chances no primeiro tempo.

Wesley era apontado como opção antes do jogo, mas quem começou em campo foi o volante João Schmidt

Depois, mesmo com a vantagem no placar, o São Paulo não abriu mão de seu poder de marcação. O técnico Ricardo Gomes poderia ter iniciado o clássico com Wesley entre os titulares, porém a opção por João Schmidt se mostrou acertada. Ligados o tempo todo, ele e Thiago Mendes (responsável por cinco roubadas de bola) uniram forças contra um meio-campo corintiano muito menos intenso, menos criativo e com Willians sobrecarregado.

Na segunda etapa – sem novidades táticas de nenhum dos lados, mas com obrigação maior por parte dos visitantes de buscar o gol –, a estrela de Cueva brilhou ainda mais. No primeiro bom contra-ataque, aos 14 minutos, ele saiu de uma área a outra para deixar Chavez cara a cara com Cássio. Na entrada da pequena área, o argentino perdeu excelente oportunidade.

Não fez falta. Um minuto mais tarde, esquecido por Willians, Cueva teve tempo para ajeitar a bola e enfiar passe a David Neres nas costas da defesa. O jovem atacante não desperdiçou, como Chavez também não voltou a fazer logo depois. Aos 22 minutos, o São Paulo já vencia por 3 a 0 e não restava mais dúvida de que Cueva seria o grande nome do clássico.

João Schmidt e Thiago Mendes jogaram “sério” e facilitaram o jogo de Cueva, que soube aproveitar os contra-ataques para deixar seus companheiros na cara do gol

Não por acaso, 44 dos 252 toques (17,4%) dos são-paulinos na bola saíram dos pés do peruano, também foi o mais caçado pelo rival (quatro faltas). O Corinthians se fechou um pouco com a entrada de Camacho no lugar de Guilherme. Não adiantou. Nos acréscimos, Cueva escolheu um passe improvável (e perfeito) para Luiz Araújo fechar o placar.

jornal bom dia jornal bom dia catanduva jornal bom dia rio preto

Leia também