Banco Central teme que recuperação parcial da economia sofra com fim do auxílio

O Banco Central (BC) afirmou nesta terça-feira (11) que vê uma recuperação parcial na atividade econômica, mas com pouca previsibilidade para o restante do

Banco Central teme que recuperação parcial da economia sofra com fim do auxílio -

Redação Publicado em 11/08/2020, às 00h00 - Atualizado às 15h21

Autoridade monetária analisou que incertezas podem implicar em retomada “ainda mais gradual” da economia

O Banco Central (BC) afirmou nesta terça-feira (11) que vê uma recuperação parcial na atividade econômica, mas com pouca previsibilidade para o restante do ano quanto à evolução da pandemia e ao comportamento da economia diante da redução dos auxílios emergenciais do governo. A informação consta na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que decidiu pelo corte da taxa básica de juros, Selic, de 2,25% para 2% .

“Os setores mais diretamente afetados pelo distanciamento social permanecem deprimidos, apesar da recomposição da renda gerada pelos programas de governo. Prospectivamente, a incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia permanece acima da usual, sobretudo para o período a partir do final deste ano, concomitantemente ao esperado arrefecimento dos efeitos dos auxílios emergenciais”, diz a ata.

Com base nesse necessário, Copom analisou que essas incertezas podem implicar em uma retomada “ainda mais gradual” da economia. Ou seja, dependendo da expansão ou arrefecimento da pandemia e do comportamento da economia diante da diminuição dos auxílios emergenciais – o auxílio de R$ 600 , o  benefício aos que tiveram salário cortado ou jornada reduzida e as medidas de apoio às empresas , por exemplo -, a recuperação econômica pode ser mais lenta.

O documento ainda aponta para o setor de serviços como o mais afetado durante a pandemia.

“Assim como no caso da atividade, o Comitê considera que a pandemia deve continuar a ter efeitos heterogêneos sobre os setores econômicos. Dada a natureza do choque, o setor de serviços deve continuar a apresentar maior ociosidade que os demais”, diz o Copom.

iG
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