Autoridades de saúde ficam em alerta para a chikungunya em Rio Preto

A professora Cláudia Maria dos Santos teve dengue em outubro do ano passado e ficou uma semana de cama com febre alta e muita dor. Três meses se passaram e

Autoridades de saúde ficam em alerta para a chikungunya em Rio Preto -

Redação Publicado em 06/02/2017, às 00h00 - Atualizado às 12h52

Vírus chegou ao Estado e população ainda não está protegida.
Em Rio Preto, no ano passado, foram apenas seis casos.

A professora Cláudia Maria dos Santos teve dengue em outubro do ano passado e ficou uma semana de cama com febre alta e muita dor. Três meses se passaram e ela ainda não se recuperou. “Tenho dores nas juntas, nas mãos, cotovelos, não estou 100% ainda”, afirma a professora.

Ela foi umas das vítimas do mosquito Aedes aegypti. Só em Rio Preto, ano passado, 16.216 pessoas contraíram a dengue e duas morreram. Um levantamento da Secretaria de Saúde do município mostra que quase todo mundo teve a dengue tipo 1, mas ainda há outros vírus, como a dengue tipo 3, que pode aparecer e causar uma nova epidemia.

“A gente pode ter uma epidemia grande quando a dengue 3 chegar a Rio Preto, no momento estamos acompanhando junto com a prefeitura os tipos circulante no município e por enquanto o vírus não está circulando e não estamos esperando um grande risco neste ano”, afirma Maurício Nogueira, virologista da Famerp, Faculdade de Medicina de Rio Preto,

Mas o problema é que o Aedes aegypti deixou de ser só o mosquito da dengue. Ele também transmite o vírus da zika, a chikungunya e a febre amarela, na cidade. Com o passar do tempo, o mosquito vem se adaptando às circunstâncias, ficando mais resistente. As autoridades em saúde dizem que esse ano ele vai espalhar com mais força uma doença que até então, a gente tinha visto pouco na região: a chikungunya.

Em 2016 a Secretaria de Saúde de Rio Preto registou apenas seis casos da doença. O alerta, de que em 2017 os números podem aumentar, foi da diretora de vigilância epidemiológica do estado. “O vírus entrou há pouco tempo no Estado, e no Brasil também. A gente espera ter um surto de chikungunya neste ano”, afirma Regiane Cardoso de Paula, diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo.

A preocupação é grande porque esse vírus ainda não circulou na região e, por isso, as vítimas estão desprotegidas. “É um vírus novo chegando a São Paulo, a população nunca foi exposta ao vírus, não tem anticorpos. Há um risco alto de epidemia neste ano ou para o ano que vem, mas ela vai chegar e trazer um problema de saúde muito sério”, afirma Maurício.

Já o vírus da zika pegou bastante gente: foram 308 pessoas em Rio Preto. Segundo o Ministério da Saúde só uma entre cinco pessoas infectadas manifesta os sintomas.
A doença preocupa porque cientistas relacionaram o vírus à microcefalia. A auxiliar administrativa Larissa Carvalhares está grávida de sete meses, está morrendo de medo da doença. “Passo repelente no corpo, no ambiente de trabalho, todas as formas, o dia inteiro me cuidando”, diz.

Para que todas essas doenças se espalhem é preciso que o mosquito pique uma pessoa infectada, se contamine e só então, transmita as doenças a outras pessoas. “O município está em alerta desde que assumimos a nova administração, decretamos guerra ao mosquito Aedes aegypti. Antes falávamos de dengue, agora é chikungunya e vírus zika. A melhor forma de combater a doença é combater o vetor, o mosquito”, afirma o secretário de Saúde de Rio Preto Eleuses Paiva.

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