Depois do transtorno causado pela queda de muro por causa de um temporal, o atendimento na UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) de Catanduva (SP) já está sendo normalizado na manhã desta segunda-feira (6). O temporal foi na noite deste domingo (5).
A UPA de Catanduva teve que ser interditada depois que um muro desabou. Os pacientes foram retirados às pressas. Os funcionários conseguiram fazer a limpeza durante a madrugada e o atendimento foi retomado. “O atendimento já foi normalizado. A recepção ainda está interdita por causa da sujeira, mas o restante do prédio está normalizado. Agora a parte de fora está suja com a queda do muro”, afirma o prefeito Afonso Macchione.
Quando o muro desabou muita gente aguardava atendimento e pelo menos 30 pacientes que estavam internados em observação precisaram ser transferidos para o hospital Padre Albino, que fica no centro da cidade. O transporte foi feito pelas ambulâncias.
O atendimento na UPA ficou suspenso por mais de cinco horas. Durante a madrugada o atendimento começou a voltar ao normal. Pacientes foram atendidos em salas improvisadas na parte do prédio que não foi atingida. A avenida onde fica a UPA é a mesma por onde passa o rio São Domingos, que subiu rapidamente durante o temporal. Moradores ficaram com medo do rio transbordar, como aconteceu no ano passado.
Em um outro ponto da avenida São Domingos, no Centro, a enxurrada invadiu uma pizzaria. Segundo os bombeiros, apesar das ocorrências, ninguém ficou ferido. De manhã, os funcionários da prefeitura avaliaram os estragos e começaram os reparos na Upa. “A prefeitura tem contrato com uma empresa com serviços emergenciais e vamos acionar a empresa para começar a correção. Vamos ter problemas por causa do período chuvoso, mas vamos dinamizar para tudo ficar pronto rápido”, diz o prefeito.
“Agora os atendimentos estão normais, apenas a recepção que não está funcionando. Enquanto a recepção estiver interditada, a entrada de pacientes será feita pela urgência e emergência. Agora temos de limpar a parte da recepção e até amanhã (terça-feira) tudo vai estar normalizado. Não estragou nenhum equipamento, somente a sujeira”, afirma o secretário de Saúde, Ronaldo Gonçalves Júnior.
Em São José do Rio Preto (SP) também choveu forte na noite deste domingo (5) e os estragos apareceram. As principais avenidas da cidade ficaram debaixo d´água.
Alguns pontos das avenidas Alberto Andaló e Bady Bassitt ficaram alagados. Na Bady, o trecho perto do miniterminal ficou completamente alagado. O cruzamento da Andaló com a marginal da rodovia Washington Luís ficou alagado e o asfalto desapareceu, a avenida parecia um rio.
As avenidas passaram, e em alguns trechos ainda passam, por obras para evitar as enchentes. Apesar das obras, os alagamentos continuam e o secretário de Obras de Rio Preto disse que a pasta vai tomar providências. “Referentes aos locais onde tem os transtornos também vem preocupação do governo em ver junto ao autor do projeto porque vem ocorrendo as enchentes. O projeto é antienchente e o projetista informou que haverá necessidade de intervenções de mais microdrenagens, mais bocas de lobo para conduzir diretamente a água para o canal e eliminar esses pontos”, afirma o secretário Sérgio Issas.
O cruzamento das ruas Coronel Spinola de Castro e Pedro Amaral, no centro da cidade, também ficou alagado. Um motorista se arriscou, mas não conseguiu passar. Segundo os bombeiros três carros foram arrastados pela enxurrada e sete pessoas tiveram que ser resgatadas. Até o ônibus que estava no miniterminal ficou preso e um passageiro do transporte coletivo passou mal, precisando de atendimento do Samu.
Na região norte, um muro grande de uma empresa começou a tombar bem na hora da chuva. Ele só não desmoronou de vez porque ficou escorado no telhado do galpão. Assim que cedeu, acabou levando parte do quintal da casa vizinha. O carro que estava estacionado quase foi engolido pelo buraco que se abriu no chão.