MP das vacinas representa risco sanitário grave, diz presidente da Anvisa

O diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária  (Anvisa), Antonio Barra Torres, afirmou, nesta quarta-feira (10), que o trecho da MP das vacinas que

MP das vacinas representa risco sanitário grave, diz presidente da Anvisa -

Redação Publicado em 10/02/2021, às 00h00 - Atualizado às 11h24

O diretor Antônio Barra Torres tem uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro nesta quarta-feira (10) para falar sobre o tema

O diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária  (Anvisa), Antonio Barra Torres, afirmou, nesta quarta-feira (10), que o trecho da MP das vacinas que determina que a agência aprove vacinas contra Covid-19 autorizadas por órgãos reguladores estrangeiros representa risco sanitário para o Brasil. Ele terá, ainda nesta quarta (10), uma reunião com Jair Bolsonaro, em que vai pedir para que o presidente vete a MP.

“Corre risco sanitário grave. Simples assim. O fato de estar aprovado/registrado em outro país não necessariamente autoriza o uso no Brasil sem riscos”, disse Torres, em entrevista à CNN Brasil.

E completou: “É fácil de entender: temos uma série de verificações a ser feitas, como se a fabricação nos diversos locais em que uma mesma vacina pode ser feita no mundo tem os mesmos critérios de qualidade, se o produdor do IFA (insumo) é o mesmo. Ou seja, há uma série de questões que vão na contramão do que se quer fazer, que é anular um trabalho de 22 anos que a agência tem feito verificando esses riscos”, disse o diretor da Anvisa.

A medida em questão (MPV nº 1.003/2020) foi aprovada pelo Senado no dia 4 e também já passou pela Câmara. Agora, só precisa de sanção presidencial para entrar em vigor.

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