Covid-19 se espalha na cidade de SP de forma igualitária por todas as regiões

Uma pesquisa divulgada na manhã desta sexta-feira (12) pela Prefeitura de São Paulo apontou que 13,9% dos moradores da cidade possuem anticorpos para a

Covid-19 se espalha na cidade de SP de forma igualitária por todas as regiões -

Redação Publicado em 12/02/2021, às 00h00 - Atualizado às 12h49

Uma pesquisa divulgada na manhã desta sexta-feira (12) pela Prefeitura de São Paulo apontou que 13,9% dos moradores da cidade possuem anticorpos para a Covid-19, ou seja, já foram contaminadas pela doença. O levantamento também aponta que o novo coronavírus se espalhou pela capital paulista de forma igualitária, independente da região, classe social ou raça.

“Houve diminuição das diferenças entre as prevalências de infecção, considerando as regiões de saúde e do município e as variáveis sócio-demográficas de renda, escolaridade e raça/cor aonde é possível afirmar exatamente que há uma disseminação generalizada da infecção na cidade”, afirmou o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido.

A pesquisa mostra quantas pessoas já foram infectadas pelo novo coronavírus na cidade. O exame sorológico avalia a presença de anticorpos específicos (IgM/igG). Portanto, identifica casos passados da doença. Ele é usado para monitorar a porcentagem da população que já teve contato com o vírus.

Segundo o inquérito sorológico, quem possui nível superior de escolaridade apresenta menor prevalência da doença (9,9%), contra 16,2% dos infectados com ensino fundamental e 14,6% dos que possuem ensino médio. As pessoas contaminadas que não estudaram somam 15,3%.

A diferença entre as pessoas das raças preta/parda e branca está diminuindo, sendo de 13,6% entre os brancos e 14,5% entre pretos e pardos.

Quando questionada a classe social, a pesquisa aponta que 14,8% dos infectados são das classes A e B; 12,4% da classe C; e 15,3% das classes D e E.

Pior região

A Zona Leste continua sendo a região com o maior número de contaminados pela Covid-19 com 17,2% dos moradores. No entanto, ocorreu aumento da prevalência na região Centro-Oeste, passando de 8,1% em janeiro para 13,2% em fevereiro.

“Da fase 1 para a fase 2 houve a diminuição da diferença entre as regiões da cidade. E aumento da prevalência sobretudo na região Centro-Oeste, algo que nós já havíamos apontado no último inquérito sorológico de novembro do ano passado, que foi o aumento nas regiões com IDH [Índice de Desenvolvimento Humano] alto na cidade”, afirmou Aparecido.

A Zona Norte da cidade registra 14,7% do total dos infectados, a região Sudeste 14% e a Zona Sul tem 11,7% de concentração.

Em relação do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da cidade, é possível observar que ocorreu uma aproximação entre os índices médio e baixo.

“A faixa de IDH alto tem prevalência de 6,3%, a faixa de IDH médio com a prevalência de 16,4%, chamado Centro expandido da cidade, e a faixa de IDH baixo, com 16,2%. A prevalência por faixa de IDH se mantém significativamente menor na faixa de IDH alto e houve aproximação de prevalência dos IDHs médio e baixo da cidade. Então, o chamado Centro expandido, com a periferia mais distante já não há praticamente diferença da ocorrência da doença na cidade.”

Fase 2

Os dados foram coletados na fase 2 do inquérito sorológico realizado com adultos acima de 18 anos em todas as regiões da cidade. A fase 0 do inquérito, realizado em 2020, apontou que 9,5% dos moradores tinham sido infectados; 14,1% na primeira fase em janeiro de 2021; e 13,9% na segunda fase realizada no mês de fevereiro.

Foram realizadas 1.841 coletas em fevereiro e 270 coletas deram positivo.

A pesquisa também mostra que os infetados que saíram de casa para locais não essenciais é mais alta , de 19,2%. Já os contaminados que saíram para trabalhar ou outras atividades fundamentais teve índice de 13,6% e de 11,4% para quem afirma não ter saído de casa durante o período de isolamento.

O levantamento aponta que 67,5% das pessoas contaminadas não frequentaram restaurantes, cafés, bares e academias.

“O resumo desta segunda fase então do inquérito mostra, na questão da faixa etária, a aproximação das estimativas de prevalência entre todas as faixas etárias dos moradores da cidade de São Paulo”, disse o secretário municipal da Saúde.

Veja o índice de contaminação em cada faixa etária:

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