Reforma da Câmara pode custar mais de R$ 890 mil

Dois ex-presidentes que ousaram mais ao mexer no prédio, construindo dois Anexos, não terminaram suas obras; agora, Jean Serbeto não mexe no plenário

Com previsão de gastos de R$ 890 mil, o presidente da Câmara de Rio Preto, vereador Jean Charles Serbeto (MDB), autorizou reforma no prédio do Legislativo. O prazo para as obras será de quatro meses. Os equipamentos de acessibilidade serão melhorados ampliados e melhorados. Os oito banheiros são totalmente reformados, segundo o diretor geral , coronel João Roque Borges de Souza.

O prédio da Câmara já passou por várias reformas e teve serviços que viraram motivo de piadas, como o sistema de ar-condicionado central, que sempre estava passando por consertos e nunca funcionavam a contento. Na reforma que será feita, o plenário não está incluído entre os itens a serem mexidos.

Os dois Anexos terão a cobertura trocada em razão de infiltrações. Os oito banheiros, incluindo os dois reservados ao público, também passarão por ampla reforma. Serão instalados os equipamento de acessibilidade para atender à demanda de pessoas com necessidades especiais.

O prédio do Legislativo será todo pintado por dentro e por fora. Nem todos os gabinetes de vereadores são pintados. “Alguns gabinetes já foram pintados e desta vez não serão tocados”, disse João Roque. Sobre o valor estimado a ser gasto na reforma, o diretor observa que é apenas uma base. Na licitação, empreiteiras podem apresentar valor menor.

REMENDOS – Inaugurado em 1964, o prédio da Câmara, cujo nome é “Palácio 19 de Julho” sempre passou por remendos, reformas e ampliações. Em 2002, por exemplo, o então presidente, vereador Sergio Camargo (falecido em outubro 2007) construiu o Anexo-1, onde estão gabinetes de vereadores, administração e o auditório no terceiro andar. Em 2006 o ex-presidente Eduardo Paciente (falecido em abril deste ano) deu início à construção do Anexo-2, que fica na entrada do Legislativo e abriga a TV Câmara, que só foi concluída pelo ex-presidente Adney Secches. Até hoje, nenhum presidente teve coragem para  propor a construção de um novo prédio. Temem repercussão negativa.