Grupos de terroristas depredaram os prédios do Congresso e STF, além do Palácio do Planalto
Mateus Omena Publicado em 09/01/2023, às 11h03
A Polícia Militar do Distrito Federal foi alertada que haveria uma manifestação de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), dois dias antes do atos terroristas em Brasília (DF). A corporação também havia sido orientada a impedir que extremistas entrassem na Praça dos Três Poderes.
De acordo com o portal UOL, um documento da Secretaria de Segurança Pública do DF lista diversas medidas que não foram adotadas pela corporação e facilitaram a invasão e depredação do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e sede do STF na tarde do último domingo (8).
O documento confirma que a PM sabia das manifestações pró-Bolsonaro e não executou o plano previsto para contê-las. As autoridades federais estão investigando se os agentes foram coniventes e permitiram a ação dos invasores de propósito.
Entre as ações que poderiam ter sido realizadas pelos agentes, estavam o fechamento da Esplanada dos Ministérios para veículos e policiamento ostensivo na região.
A SSP havia criado o plano de segurança e contenção, por meio de levantamentos de inteligência e divulgação dos protestos nas redes sociais.
O que a PM poderia ter feito para impedir a invasão:
Nesta segunda-feira (9), o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) afastou Ibaneis Rocha (MDB) do governo do Distrito Federal por 90 dias. Segundo o magistrado, houve "descaso e conivência" da administração com os ocorridos de domingo (8)
Em sua decisão, Moraes declarou que Ibaneis ignorou "todos os apelos das autoridades por um plano de segurança semelhante aos dos dois últimos anos em 7 de Setembro".