‘Não vou tolerar atos de racismo’, diz presidente da Câmara de SP após vereador chamar Pitta de ‘negro de alma branca’

O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Milton Leite (DEM), afirmou nesta terça-feira (12) que “não vai tolerar atos de racismo como o

‘Não vou tolerar atos de racismo’, diz presidente da Câmara de SP após vereador chamar Pitta de ‘negro de alma branca’ -

Redação Publicado em 13/07/2021, às 00h00 - Atualizado às 11h27

Milton Leite afirmou que a frase de Arnaldo Faria de Sá (Progressistas) “machuca e é inadmissível”.

O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Milton Leite (DEM), afirmou nesta terça-feira (12) que “não vai tolerar atos de racismo como o registrado na sessão desta segunda-feira (12) no plenário”, quando o vereador Arnaldo Faria de Sá (Progressistas) se referiu ao ex-prefeito Celso Pitta como “negro de alma branca”.

A expressão foi considerada racista e gerou indignação entre vários parlamentares da casa, que devem denunciar o parlamentar no Conselho de Ética e no Ministério Público de São Paulo por quebra de decoro parlamentar e racismo nesta terça (13).

Por meio de nota, Milton Leite disse que a frase de Faria de Sá “machuca, atinge nossa população e é inadmissível”.

“Como negro que sou, a fala racista do vereador Arnaldo Faria de Sá (PP) machuca, atinge nossa população e é inadmissível. Aos vereadores negros e vereadoras negras, solidariedade. Nesta luta contra o racismo estamos juntos, não há ideologia ou partido que nos separa”, afirmou a nota.

“A Câmara representa toda a sociedade e é um ambiente livre de qualquer tipo de preconceito”, completou Leite.

Discurso na Câmara

Arnaldo Faria de Sá (Progressistas) usou a expressão “negro de alma branca” ao se referir ao ex-prefeito Celso Pitta durante um discurso na Câmara Municipal de São Paulo sobre o Projeto de Intervenção Urbana do Setor Central.

“Eu me preocupei com um negro, que era o Pitta, o prefeito da capital, que estava escorraçado, estava sendo atacado, vilipendiado. Derrotei o impeachment, ele levou seu mandato até o final. Eu tava preocupado com um negro de verdade, negro de alma branca como as pessoas costumam dizer, não podemos ter essa preocupação de não estar preocupado com todos”, afirmou o parlamentar.

O uso do termo registrado apenas em áudio porque o parlamentar participava da sessão plenária remotamente, com a web câmera desligada.

O vereador Arnaldo Faria de Sá (Progressistas) durante evento da Câmara Municipal de São Paulo. — Foto: André Bueno/CMSP

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G1

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