América Latina

Ligação coletiva entre Lula, Maduro e líderes latinos pode acontecer nesta quarta-feira

Diplomacia brasileira prepara ligação coletiva entre Brasil, Colômbia, México e Venezuela para discutir crise

Nicolás Maduro e Luiz Inácio Lula da Silva, respectivamente - Imagem: Reprodução / X (antigo Twitter) @capiVillarruel e @AndreGA_Pe

Sabrina Oliveira Publicado em 06/08/2024, às 12h30

Diplomatas de Brasil, Colômbia, México e Venezuela têm trabalhado intensamente nos últimos dias para agendar uma ligação coletiva entre os presidentes desses países, incluindo Nicolás Maduro, da Venezuela. A previsão é que a conversa ocorra nesta quarta-feira (7), como uma iniciativa para abordar a crise política venezuelana de forma colegiada.

O presidente Maduro procurou inicialmente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para um diálogo direto, mas o Itamaraty preferiu que a conversa fosse realizada em bloco, envolvendo outros países latino-americanos. Esse formato visa aumentar a pressão diplomática e buscar uma solução mais abrangente para a crise.

Até o momento, nenhum dos três países – Brasil, Colômbia e México – reconheceu a reeleição de Nicolás Maduro, anunciada recentemente pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela. A oposição, liderada por Edmundo González, contesta os resultados e exige a divulgação completa dos dados de votação, acusando Maduro de ocultar as atas eleitorais.

Maduro, por sua vez, atribui a não divulgação dos documentos a um suposto ataque hacker, mas ainda não liberou o material, mesmo sob pressão internacional. Em paralelo, o governo brasileiro está considerando uma segunda ligação para que Lula converse diretamente com Edmundo González, que se autoproclamou presidente eleito da Venezuela.

A situação na Venezuela é tensa, com a oposição questionando a legitimidade do processo eleitoral e buscando apoio internacional. Em contraste com a autoproclamação de Juan Guaidó em 2019, que recebeu o reconhecimento de mais de 20 países, a aceitação de González ainda é incerta. A diplomacia latino-americana aguarda para ver como a situação evoluirá e quais serão as reações de Maduro e da comunidade internacional.

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