48 indivíduos detidos em decorrência de participação nos ataques registraram suas candidaturas nas eleições
Gabriela Thier Publicado em 07/10/2024, às 17h16
O levantamento realizado pela Folha de São Paulo revelou que 48 indivíduos, anteriormente detidos em decorrência de participação nos ataques antidemodráticos do 8 de janeiro, registraram suas candidaturas nas recentes eleições. Destes, nenhum obteve êxito na conquista de cargos eletivos; contudo, 25 deles permanecem como suplentes, mantendo a possibilidade de ascenderem a posições de vereador.
Conforme estabelece a legislação eleitoral vigente, é permitido que indivíduos presos concorram a cargos públicos, desde que não possuam condenação definitiva pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Entre as candidaturas destacadas, duas aspiravam ao cargo de prefeito, mas ambas registraram desempenhos modestos. A candidata Sheila Mantovanni, do partido Mobiliza, alcançou 0,66% dos votos em Mogi das Cruzes (SP), enquanto Fabiano Silva, do Democracia Cristã (DC), obteve apenas 0,26% em Itajaí (SC).
Adicionalmente, Marcos Felipe Bastos (PL), que inicialmente integrava uma chapa para vice-prefeito em São Mateus (ES), teve sua candidatura anulada antes mesmo das eleições. Situação similar ocorreu com alguns candidatos a vereador envolvidos nos atos golpistas.
O periódico salienta que o número total de candidatos presos por envolvimento nos eventos de 8 de janeiro pode ser superior ao identificado. Isso se deve à possível disparidade entre os documentos publicados pelo STF e as informações contidas no banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), utilizados para fundamentar a pesquisa.