Veja quem são os presos suspeitos de planejar ataque na Olimpíada

A Polícia Federal prendeu 11 dos 12 suspeitos de planejar um ataque durante a Olimpíada, na Operação Hashtag. Eles são suspeitos, segundo o Ministério da

Veja quem são os presos suspeitos de planejar ataque na Olimpíada -

Redação Publicado em 23/07/2016, às 00h00 - Atualizado às 16h48

Onze suspeitos foram presos até a noite de sexta-feira (22); um está foragido.
Presos foram transferidos para presídio federal em Campo Grande (MS).

A Polícia Federal prendeu 11 dos 12 suspeitos de planejar um ataque durante a Olimpíada, na Operação Hashtag. Eles são suspeitos, segundo o Ministério da Justiça, de terem realizado “atos preparatórios” visando ações terroristas.

As prisões da ação antiterror foram realizadas em Amazonas, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo na quinta-feira (21). Nesta sexta-feira (22), um dos dois foragidos se entregou em Mato Grosso. Leonid El Kadre de Melo segue foragido.

Os detidos estão no presídio federal de Campo Grande (MS). A unidade é de segurança máxima e recebe presos perigosos, como o traficante Fernandinho Beira-Mar, detido no local.

Veja quem são os suspeitos presos:

Alisson Luan de Oliveira, suspeito de planejar ataque na Olimpíada (Foto: Reprodução/ TV Globo)

– Alisson Luan de Oliveira (RJ)
Alisson tinha ascendência síria e chegou a viajar para o país, mas não conseguiu entrar. Segundo um ex-patrão, dono do supermercado onde ele trabalhou, o jovem ficou empregado por cinco meses no estabelecimento durante o ano passado e juntava dinheiro para viajar.

Antônio Andrade dos Santos Júnior, suspeito de ligação com o Estado Islâmico (Foto: Walter Paparazzo/G1)

– Antônio Andrade dos Santos Júnior (PB)
Antônio foi batizado cristão e passou a conhecer o islã durante treinos de boxe em uma academia. Ele se converteu à religião no período em que praticava o esporte no local, adotou o nome de Ahmed Al-Falluji e, entre um treino e outro, realizava orações na mussala – sala de orações que existe na academia. Segundo o treinador do local, Muhammad Al Mesquita, após cerca de um ano de treino e de religião Ahmed passou a apresentar sinais de que interpretava o islamismo “da forma dele”.

Israel Pedra Mesquita, suspeito de planejar ataque na Olimpíada (Foto: Reprodução/ TV Globo)

– Israel Pedra Mesquita (RS)
Israel morava há cerca de 20 dias em Açoita Cavalo, área rural de Morro Redondo (RS), com a esposa, o filho e seu pai. Ele ia com o pai diariamente para Pelotas, a cerca de 38 km de onde morava, segundo vizinhos. “Eu nunca desconfiei de nada, acredito na inocência dele. A minha família nunca foi de briga, de violência. Não aceito que ninguém vá matar, tirar a vida de alguém, e ele sempre foi educado assim”, diz seu pai.

– Levi Ribeiro Fernandes de Jesus (PR)
Levi tem 21 anos, é natural de Guarulhos (SP) e morava em Colombo (PR) há dois anos. Ele trabalha em uma rede de supermercados de Curitiba e não tinha passagens pela polícia. Levi Ribeiro de Jesus chegou a ser apontado pelo ministro da Justiça, Alexandre de Moares, como o líder do grupo que exaltava terrorismo – mas, para o juiz que autorizou sua prisão, Levi não tinha um papel proeminente em relação aos demais.

Marco Mário Duarte nasceu em São Luís (MA), tem 42 anos e morava em Amparo, no interior de São Paulo (Foto: Reprodução/TV Mirante)

– Marco Mário Duarte (SP)
Marco tem 42 anos, é natural de São Luís (MA) e morava em Amparo (SP). Ele trabalhava como garçom em um restaurante e tinha um blog, no qual diz ter se convertido ao islamismo há 13 anos. Ele morou em um bairro da periferia da capital maranhense e, segundo vizinhos, era reservado e ouvia músicas árabes em volume alto.

Reprodução de vídeo mostra agentes da PF conduzem Mohamad Mounir Zakaria no aeroporto de Guarulhos (Foto: Mario Angelo/Sigmapress/Estadão Conteúdo)

– Mohamad Mounir Zakaria (SP)
Mohamad foi casado com uma brasileira, mas se separou, e segundo o amigo Nabih Osman Mustafa tem três filhos (duas meninas, de 16 e 14 anos, e um menino, de 8). Mohamad tinha um comércio na Rua Oriente, no Centro de São Paulo, mas entregou o ponto há alguns meses, quando soube que passaria a pagar um aluguel mais caro. Desde então, passou a atuar como representante de vendas. Ele frequentava a mesquita para orar.

Oziris Azevêdo foi levado para Curitiba e, de lá, para o presídio federal em Campo Grande (Foto: Reprodução)

– Oziris Moris Lundi dos Santos Azevedo (AM)
Oziris é casado há 4 anos e tem um filho. Trabalhou como servidor temporário no cargo de auxiliar administrativo na Secretaria de Segurança Pública de Amazonas (SSP-AM) e atualmente cursa ensino superior em uma faculdade particular de Manaus. Segundo a secretaria, ele atuou no Centro Integrado de Operações (Ciops) até abril deste ano, mas o nome dele consta até maio no Portal da Transparência.

– Valdir Pereira Rocha (MT)
Valdir estava foragido e se entregou à PF nesta sexta-feira (22) em Vila Bela da Santíssima Trindade, a 562 km de Cuiabá. Ele ficou preso de 2003 a 2008: de maio de 2003 a outubro de 2004 na casa de prisão provisória de Palmas, até fevereiro de 2006 no Presídio de Cariri do Tocantins e até 2008 no Barra da Grota, quando foi beneficiado com saída temporária.

Reprodução de vídeo mostra agentes da PF conduzindo Vitor Barbosa Magalhães no aeroporto de Guarulhos (Foto: Mario Angelo/Sigmapress/Estadão Conteúdo)

– Vitor Barbosa Magalhães (SP)
Conhecido como Vitor Abdullah, ele tem 23 anos é casado, tem dois filhos (um de 5 e outro de 2 anos) e trabalha com o pai em uma oficina em Guarulhos, na Grande SP. Segundo parentes, Vitor se converteu ao islamismo há seis anos e, após ganhar uma bolsa de estudos, viajou ao Egito para aprender árabe. Ele frequentava uma mesquita para orar.

E quem é o suspeito foragido:

– Leonid El Kadre de Melo
Leonid é mecânico e continua foragido. A polícia cumpriu mandado de busca e apreensão em sua residência na quinta e o G1 entrevistou a ex-mulher dele nesta sexta. Marissol Dias tem 21 anos, foi casada com ele por seis anos e oito meses e afirma nunca ter desconfiado da ligação do ex-marido com o Estado Islâmico.

“Ele era um bom pai e um bom marido. A única relação dele com o islamismo era a religião. Por causa disso, também me converti”, afirmou. O casal está separado há cerca de quatro meses e mantém contato apenas por causa do filho. Marissol diz que a útlima vez que falou com o ex-marido foi no fim de semana, após ele passar alguns dias com o filho. “Desde então, não entrou em contato comigo ou com o filho.”

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