Por decisão da Justiça, dois policiais militares vão a júri popular acusados de assassinar dois suspeitos de roubo dentro de um carro parado, em 9 de junho de
Redação Publicado em 13/12/2021, às 00h00 - Atualizado às 17h08
Por decisão da Justiça, dois policiais militares vão a júri popular acusados de assassinar dois suspeitos de roubo dentro de um carro parado, em 9 de junho de 2021, na Zona Sul de São Paulo. A data do julgamento ainda não foi marcada. O caso teve repercussão à época porque uma testemunha filmou a execução, no cruzamento das ruas Doutor Rubens Gomes Bueno e Castro Verde, em Santo Amaro, e postou o vídeo nas redes sociais.
O sargento André Chaves da Silva e o soldado Danilton Silveira da Silva são acusados de atirar aproximadamente 30 vezes em Felipe Barbosa da Silva, 23 anos, e em Vinicius Alves Procópio, de 19. Os dois agentes da Polícia Militar (PM) estão presos preventivamente no presídio da corporação, o Romão Gomes, na Zona Norte da capital.
Os réus respondem pelo crime de duplo homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa das vítimas.
O g1 não conseguiu localizar a defesa de Danilton para comentar o assunto até a última atualização desta reportagem. Durante o processo, os agentes da PM se defenderam da acusação de assassinato, alegando que atiraram em legítima defesa porque os suspeitos estavam armados e atiraram neles, mas os disparos de Felipe e Vinicius não saíram.
“Para mim, ficou evidente que a decisão de mandar os acusados a júri popular foi para agradar à mídia e ao clamor público por conta das imagens de parte dos fatos que foram divulgadas. Infelizmente, boa parte do Poder Judiciário, em casos de repercussão, prefere ‘lavar as mãos’, enviando inocentes a júri para que o povo decida seus destinos. Neste caso, ficou evidente já na primeira fase do processo a legalidade da ação. Agora vamos mostrar aos jurados que as verdadeiras vítimas estão vivas e agradecendo pelo trabalho dos PMs”, disse o advogado João Carlos Campanini, que defende André.
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G1