Após 20 horas de julgamento, os acusados de matar o gerente de uma fábrica de calçados de Birigui (SP) foram condenados a mais de 10 anos de prisão. A
Redação Publicado em 03/08/2018, às 00h00 - Atualizado às 09h29
Após 20 horas de julgamento, os acusados de matar o gerente de uma fábrica de calçados de Birigui (SP) foram condenados a mais de 10 anos de prisão. A audiência começou na tarde de quinta (2) e terminou às 4h45 desta sexta-feira (3).
A mulher da vítima, Silva Passeli, foi condenada a 16 anos de prisão. Já a pena do agente penitenciário José Afonso de Lima, que seria amante dela, é de 14 anos pelo crime. O casal deve cumprir a pena em regime fechado.
No julgamento, os acusados foram condenados por homicídio duplamente qualificado, com motivação de torpe e sem condições de defesa da vítima. Segundo a promotoria, os réus vão recorrer da decisão.
Celso Rodrigo Sabino tinha 38 anos, era marido de Silvia, e foi morto a tiros dentro de casa, no Parque São Vicente.
Conforme o boletim de ocorrência registrado na época, ao chegar ao local a polícia encontrou a mulher da vítima na calçada. Ela disse que havia acabado de chegar de um restaurante com o marido e teria entrado primeiro na casa para ir ao banheiro.
A mulher disse ainda que, de repente, ouviu barulho semelhante ao de fogos de artifícios e, quando saiu para ver o que era, encontrou o marido caído no corredor com um tiro na cabeça. No boletim de ocorrência consta que a mulher disse que o marido provavelmente tinha dinheiro guardado no quarto do casal, mas não soube dizer o valor.
A polícia, no entanto, não acreditou na versão da mulher. Para os policiais, o crime foi planejado por ela e o agente penitenciário. Eles teriam se relacionado durante uma das separações da secretária e da vítima, que mantiveram uma união estável por 10 anos.
Os dois teriam trocado mensagens e mantido contato telefônico antes e depois do homicídio. Além disso, apresentaram incoerências nos depoimentos e as investigações apontaram a participação deles no crime.