Os dois foram acusados de homicídio qualificado e ocultação de cadáver
Mateus Omena Publicado em 21/10/2022, às 11h33
Uma viúva e um pai de santo foram presos na quarta-feira (19) pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver do motorista de aplicativo Alberto de Oliveira Gomes. O assassinato aconteceu em Alto da Boa Vista, no Rio de Janeiro.
De acordo com a Polícia Civil, os dois pretendiam receber dois seguros de vida em nome do motorista, que juntos somam R$ 600 mil.
O corpo de Alberto foi localizado pelas autoridades em 4 de outubro, em uma área de mata, sete dias após o desaparecimento da vítima. A viúva do motorista e o pai de santo, amigo dela, são suspeitos da morte e tiveram a prisão preventiva decretada.
Durante a prisão, a mulher disse aos agentes que teria dado ao marido um suco com sedativo para deixá-lo desacordado. Já o pai de santo negou participação no crime.
Os investigadores informaram que a mulher foi a responsável pela comunicação do desaparecimento do companheiro. Os filhos de Alberto relataram que o pai e a madrasta mantinham um relacionamento conturbado há quatro anos.
Na época do desaparecimento, a acusada procurou uma delegacia para registrar o sumiço do marido, depois de ele ter saído para uma corrida e não retornar para casa, em Mesquita, na Baixada Fluminense.
A viúva também contou que havia contratado dois homens, não identificados, para realizarem buscas, e que teria sido a responsável por localizar o cadáver do companheiro, comunicando o fato à Polícia Militar em seguida.
De acordo com a Polícia Civil, a autora foi reconhecida por testemunhas que a viram com a vítima no local onde o corpo foi encontrado, e em imagens de câmeras de segurança da região.
A polícia indicou que o pai de santo, amigo da viúva, teria ajudado na ocultação do cadáver. Aos investigadores, o suspeito alegou estar com a mulher no dia do desaparecimento, no entanto ligações telefônicas entre o celular dos dois levantaram a desconfiança dos investigadores de que ambos teriam planejado o crime juntos. Os dois responderão pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Para os investigadores, o motivo para o assassinato sejam duas apólices de seguro de vida, no valor de R$ 300 mil cada, das quais a companheira da vítima era a única beneficiária.