Investigação da Corregedoria da Polícia Civil identifica 3 homens que participaram de blitz clandestina na Zona Leste de SP

A Corregedoria da Polícia Civil identificou três homens que participaram, junto com investigadores de uma delegacia, de uma blitz clandestina em novembro de

Investigação da Corregedoria da Polícia Civil identifica 3 homens que participaram de blitz clandestina na Zona Leste de SP -

Redação Publicado em 20/01/2022, às 00h00 - Atualizado às 07h32

A Corregedoria da Polícia Civil identificou três homens que participaram, junto com investigadores de uma delegacia, de uma blitz clandestina em novembro de 2021, em Itaquera, na Zona Leste de São Paulo. A ação terminou com a morte de um mecânico.

O caso aconteceu na madrugada de 25 de novembro. Imagens de câmeras de segurança mostram algumas pessoas circulando na rua quase deserta, entre eles, policiais civis, mas nada indica que se trata de uma blitz. Em seguida, um carro surge, passa pela barreira policial e é atingido por vários tiros.

Mesmo ferido, o motorista ainda dirige por alguns metros, até perder a consciência e bater num poste. Um rapaz que estava no banco do passageiro sai do carro, com o celular na mão, ajoelha e levanta os braços. Ele tenta dialogar com os policiais, mas é empurrado, e um investigador aponta uma arma para o rosto dele.

Um outro homem encurrala o jovem e dá um soco nele, que cai no chão e continua sendo agredido.

Nas imagens, alguns policiais aparecem sem farda, usando apenas colete à prova de balas.

Pedro Ricardo Floriano, estudante que foi agredido, contou que ele e o primo, o mecânico Guilherme Tibério Lima, de 25 anos, morto na blitz, saíram para buscar uma receita médica para o tio que estava no hospital, quando passaram a ser perseguidos pelos policiais.

“Não dava para identificar que era policial. Não dava para ver as fardas nem nada, nem arma direito. Só deu para ver uma luz, e ele acelerou. Tínhamos imaginado que era ladrão. Quero justiça para o meu primo, quero que eles paguem pelo que fizeram”, afirma Pedro.

“Não podemos deixar isso impune. Isso não aconteceu só com o Guilherme. Aconteceu com vários jovens, pais de família. Ele faz uma falta enorme…enorme. Não tem um minuto que eu não pegue e não pense nele”, afirma Eliete Tibério, mãe de Guilherme.

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G1

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