Gaeco faz operação contra esquema de fraudes em licitações

Equipes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em conjunto com a Polícia Militar detiveram na manhã desta quinta-feira (14) o

Gaeco faz operação contra esquema de fraudes em licitações -

Redação Publicado em 14/09/2017, às 00h00 - Atualizado às 09h48

Daniel Palmeira de Lima (PR), que já foi presidente da Câmara, seria o responsável por comandar compra irregular de armários deslizantes para arquivo.

Equipes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em conjunto com a Polícia Militar detiveram na manhã desta quinta-feira (14) o vereador de Catanduva (SP) Daniel Palmeira de Lima (PR) em uma operação que investiga fraudes em licitações.

O advogado do vereador não foi encontrado pelo G1 para comentar o assunto.

O grupo está na Câmara de Vereadores de Catanduva (SP), onde cumpre mandados de busca e apreensão, e também de prisão.

Segundo o Gaeco, Daniel de Lima, que já foi presidente da Câmara, seria o responsável por comandar o esquema de fraude de licitações em compras de armários deslizantes para arquivo. Ele estava sendo investigado desde o início do ano.

A operação

A operação foi denominada “Arquivos Deslizantes”, que investiga organização criminosa voltada à prática de fraudes em licitações nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. A operação decorre de investigação iniciada no ano de 2015 e conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado de Piracicaba (SP).

Além de Catanduva, os núcleos do Gaeco da Grande São Paulo, Campinas (SP), e Franca (SP), bem como o Ministério Público de Minas Gerais, prestam apoio na operação. Ao todo estão sendo cumpridos 50 mandados, sendo 28 de busca e apreensão e 22 de prisão temporária. Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades de São Paulo e Belo Horizonte e em diversas cidades do interior de São Paulo.

Segundo as investigações, foi apurado que ao menos 15 empresas de várias regiões do Estado de São Paulo, Minas Gerais e de Pernambuco, todas com atuação no ramo de arquivos deslizantes estavam envolvidas no esquema, sendo que seus sócios possuem comprovada vinculação entre si e participavam de licitações simulando concorrência que, na verdade, não existia.

As empresas participavam das licitações após prévio ajuste entre elas para que uma do grupo vencesse, havendo registro de alternância entre elas como vencedoras. A investigação apontou também a participação de agentes públicos, que sabiam dos ajustes entre as empresas e agiam de modo a preparar editais.

Operação contra crime organizado acontece em Catanduva (Foto: Reprodução/TV Tem)

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