A Comissão Especial de Inquérito (CEI), que investiga o escândalo da Área Azul em Rio Preto (SP), ouviu 11 fiscais de trânsito nesta quinta-feira (16).
Redação Publicado em 17/08/2018, às 00h00 - Atualizado às 09h28
A Comissão Especial de Inquérito (CEI), que investiga o escândalo da Área Azul em Rio Preto (SP), ouviu 11 fiscais de trânsito nesta quinta-feira (16). Durante o depoimento coletivo, eles alegaram que vendiam talões com erros de impressão.
Segundo os depoimentos, muitos bilhetes não tinham numeração de série ou a numeração era repetida. Os fiscais disseram que informaram a direção da Emurb sobre os problemas, mas a empresa dizia que não passava de um erro gráfico e mandava que vendessem os talões mesmo assim.
Já o presidente da CEI, vereador Marco Rillo (PT), disse que os valores apresentados pela Emurb referentes à arrecadação da Área Azul são incompatíveis com o número de vagas e a movimentação do estacionamento rotativo.
A prefeitura abriu uma sindicância e dois processos administrativos pra apurar as mesmas denúncias. A CEI deve ser concluída em até 10 dias.
Após uma apuração realizada pela TV TEM, foi constatado que a empresa vencedora da licitação para a criação do aplicativo da Área Azul tinha como sócia uma funcionária de Emurb, que foi exonerada do cargo.
O nome da servidora pública estava no contrato social da empresa contratada para fornecer o aplicativo. O contrato, no valor de R$ 80 mil, passou a ser pago desde junho. Vânia Pelegrini, a então presidente da Emurb, também deixou o cargo e o empresário Rodrigo Juliano tomou posse na presidência.
O promotor Claudio Santos de Moraes, que atua no inquérito da Emurb no Ministério Público, recebeu uma cópia da sindicância que comprovou a fraude na licitação do aplicativo da Área Azul digital e os vereadores da cidade abriram uma CEI para investigar o caso.
Ele disse que os documentos são suficientes para denunciar todos os envolvidos por improbidade administrativa.