A história de Jerominho, vítima, foi marcada por confrontos com a polícia e passagens por várias prisões
Jair Viana Publicado em 05/08/2022, às 19h20
A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a execução do ex-vereador e criador da maior milícia do Rio, Jerônimo Guimarães, o “Jerominho”. Ele foi atacado por homens armados de fuzis. Recebeu vários tiros quando deixava o centro Social que fundou em Campo Grande, Zona Oeste. O crime pode ter ligação com posição política da vítima.
O ataque a Jerominho pode ter sido uma resposta à sua decisão de apoiar os candidatos a deputado estadual e federal. Ele declarou apoio ao coronel Sérgio Porto (estadual) e a Jalmir Junior, candidato a federal. Jerominho realizou um encontro em sua casa para apresentar os dois políticos aos moradores da região.
Logo depois do encontro, quando deixava o Centro Social que ele mesmo fundou, foi atingido por tiros disparados por quatro homens mascarados, que fugiram em seguida.
Jerominho chegou a ser socorrido, mas morreu logo em seguida. Seu cunhado, Mauricio Raul Atallah, o acompanhava, também foi atingido e está internado em estado grave. Ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado para o Hospital Municipal Rocha Faria.
A história de Jerominho foi marcada por confrontos com a polícia e passagens por várias prisões. Atualmente ele já não operava mais como chefe de milícia.
Havia parado com a vida de crimes e estava cuidando do Centro Social, desenvolvendo projetos e havia decidido voltar para a vida pública.
Em princípio seria candidato a deputado. Mais tarde resolveu apoiar as candidaturas de dois amigos. A Polícia ainda não tem pista dos assassinos.